´´Observe as tendências mas não Siga a maioria`` Thiago Prado


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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Crise expõe perigo de fortalecimento da direita

O britânico Eric Hobsbawm, considerado um dos historiadores mais influentes do século 20, disse à BBC nesta terça-feira que o maior perigo da atual crise financeira mundial é o fortalecimento da direita. “A esquerda está virtualmente ausente. Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita”, disse Hobsbawn, em entrevista à Rádio 4. O historiador marxista comparou o atual momento “ao dramático colapso da União Soviética” e ao fim de “uma era específica”.

“Agora sabemos que estamos no fim de uma era e não se sabe o que virá pela frente.”
Hobsbawn diz não acreditar que a linguagem marxista, que lhe serviu de norte ao longo de toda sua carreira, será proeminente politicamente, mas intelectualmente, “a análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante”. Abaixo, os principais trechos da entrevista:

Muitos consideram o que está acontecendo como uma volta ao estadismo e até do socialismo. O senhor concorda?

Bem, certamente estamos vivendo a crise mais grave do capitalismo desde a década de 30. Lembro-me de um título recente do Financial Times que dizia: “O capitalismo em convulsão.” Há muito tempo não lia um título como esse no FT. Agora, acredito que esta crise está sendo mais dramática por causa dos mais de 30 anos de uma certa ideologia “teológica” do livre mercado, que todos os governos do Ocidente seguiram. Porque como Marx, Engels e Schumpter previram, a globalização – que está implícita no capitalismo –, não apenas destrói uma herança de tradição como também é incrivelmente instável: opera por meio de uma série de crises. E o que está acontecendo agora está sendo reconhecido como o fim de uma era específica. Sem dúvida, a partir de agora falaremos mais de (John Maynard) Keynes e menos de (Milton) Friedman e (Friedrich) Hayek. Todos concordam que, de uma forma ou de outra, o Estado terá um papel maior na economia daqui por diante.

Qualquer que seja o papel que os governos venham a assumir, será um empreendimento público de ação e iniciativa, que será algo que orientará, organizará e dirigirá também a economia privada. Será muito mais uma economia mista do que tem sido até agora. ...

O senhor ... estava na Alemanha quando Adolf Hitler chegou ao poder. O senhor acredita que algo parecido poderia acontecer como conseqüência dos problemas atuais?

Nos anos 30, o claro efeito político da Grande Depressão a curto prazo foi o fortalecimento da direita. A esquerda não foi forte até a chegada da guerra. Então, eu acredito que este é o principal perigo. Depois da guerra, a esquerda esteve presente em várias partes da Europa, inclusive na Inglaterra, com o Partido Trabalhista, mas hoje isso já não acontece. A esquerda está virtualmente ausente, Assim, me parece que o principal beneficiário deste descontentamento atual, com uma possível exceção – pelo menos eu espero – nos Estados Unidos, será a direita.

O que vemos agora não é o equivalente à queda da União Soviética para a direita? Os desafios intelectuais que isto implica para o capitalismo e o livre mercado são tão profundos como os desafios enfrentados pela direita em 1989?

Sim, concordo. Acredito que esta crise é equivalente ao dramático colapso da União Soviética. Agora sabemos que acabou uma era. Não sabemos o que virá pela frente. Temos um problema intelectual: estávamos acostumados a pensar até então que havia apenas duas alternativas: ou o livre mercado ou o socialismo. Mas, na realidade, há muito poucos exemplos de um caso completo de laboratório de cada uma dessas ideologias. Então eu acho que teremos de deixar de pensar em uma ou em outra e devemos pensar na natureza da mescla. E principalmente até que ponto esta mistura será motivada pela consciência do modelo socialista e das conseqüências sociais do que está acontecendo.

O senhor acredita que regressaremos à linguagem do marxismo?

Desde a crise dos anos 90, são os homens de negócio que começaram a falar assim: “Bem, Marx predisse esta globalização e podemos pensar que este capitalismo está fundamentado em uma série de crises.” Não acredito que a linguagem marxista será proeminente politicamente, mas intelectualmente a natureza da análise marxista sobre a forma com a qual o capitalismo opera será verdadeiramente importante. ...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cresce o número de brasileiros estudando na Irlanda

Cresce o número de brasileiros estudando na Irlanda

Mais de 7 mil jovens já procuraram o país este ano para estudar e trabalhar

Débora Thomé


Rio – De acordo com a Embaixada da Irlanda no Brasil, os estudantes brasileiros que desejarem estudar no país não necessitam de visto para viajar. Os estudantes precisam apenas se apresentar ao agente do Serviço de Imigração no momento de sua chegada no aeroporto, apresentando evidências e declarando os reais motivos que o trouxeram a estudar e permanecer temporariamente na Irlanda. Com essa facilidade, jovens brasileiros estão procurando a Irlanda em número cada vez maior para aprender inglês e trabalhar, sem precisar de tanta burocracia para entrar no país.

Segundo dados do departamento de turismo irlandês, cerca de 2.950 alunos brasileiros procuraram instituições irlandesas em 2007 para estudar inglês, sendo esse número 3,5 vezes mais que o registrado no ano anterior, com apenas 800 interessados. A imigração irlandesa calcula que o número já está em mais de 7 mil para este ano. Hoje existem no país cerca de 150 mil estudantes estrangeiros em cursos de inglês e 20 mil em educação superior. Grande parte está concentrada em Dublin, a capital do país, que recebe mais de um milhão de turistas por ano.

Para Peter O’ Neill, consultor de educação no Brasil para a Irlanda, o aumento de brasileiros interessados em estudar no país deve-se às oportunidades educacionais oferecidas para estrangeiros, pela qualidade, pelo custo e pela diversão, não somente na área de cursos de inglês, mas também em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, além de não precisar de visto.

“A Irlanda promove cursos em tecnologia da informática, marketing, administração de negócios, MBA, medicina e outros, como inglês para negócios, aumentando o interesse dos estrangeiros em se atualizar nessas áreas”, disse o consultor.

Estudo e trabalho articulados

A grande procura é para cursos que dão direto ao trabalho com 20 horas por semana ou 40 horas durante as férias escolares, e que são de período integral de 15 horas por semana e de pelo menos 25 semanas de duração. O fundamental é que o estudante se prepare e se informe muito bem antes de tomar a decisão da viagem. Consultar amigos e parentes que já foram pra lá é importante, tornando a viagem mais segura. É importante ficar sempre atento também às mudanças nas regras e nos critérios para a entrada de estudantes estrangeiros no país, pois elas sofrem alterações.

Para mais informações, recomendam-se os sites de Educação na Irlanda (www.educationireland.ie) e Ligações entre Brasil e Irlanda (www.visiteirlanda.com), que publica um guia completo em português sobre como estudar e trabalhar na país.

Bóris fausto no Youtube!

Olha o bom velinho de Historia ajudando ae!

Brasil Colônia
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=Zs0pI9cwQCU
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=R7eDOEMrCmo&feature=related
Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=eXi7-4AO_mE&feature=related

Brasil Império
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=ZA7qMeCnxOc&feature=related
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=IrNXebiMHZY&feature=related
Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=CYb41QfmYIw&feature=related
Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=61T-3c_a45w&feature=related

República Velha
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=mWbZdmQcSzY&feature=related
Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=zk4DQae6JFg&feature=related
Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=75Qd7IB2hkg&feature=related

Era Vargas

Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=EKTNP4YC3dk&feature=related
Parte 2
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Parte 3
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Parte 4
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Projeto que proíbe vestibulares e concursos aos sábados divide opiniões no Senado

BRASÍLIA - O projeto de lei 261/04, que proíbe a realização de vestibulares e concursos públicos aos sábados, dividiu as opiniões dos convidados para audiência pública sobre o tema realizada nesta quarta-feira pela Comissão de Educação do Senado. Os que defendem a proposta, apresentada pela então senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA), recordaram o princípio da liberdade religiosa. Os contrários lembraram dificuldades práticas para implantar a proibição.

O principal defensor do projeto foi o assessor jurídico da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Alcides Coimbra. Em defesa da proposta, ele recordou a existência, na Constituição, do princípio da objeção de consciência. E citou como exemplo a prestação, já regulamentada, de atividades alternativas ao serviço militar obrigatório por aqueles que se recusam a cumpri-lo por questão de consciência.

Coimbra disse não concordar apenas com a proibição da realização aos sábados de vestibulares e concursos. Em sua opinião, deveria se estabelecer, também nesse caso, uma solução alternativa. O assessor recordou ainda, "sem nenhum preconceito", que sete, dos 11 feriados nacionais de 2008, são de natureza religiosa.

- Não se pede privilégio, mas prestação alternativa - afirmou Coimbra.

O diretor-executivo da Confederação Israelita do Brasil, Luiz Sérgio Steinecke, lembrou que os judeus - especialmente os "mais observantes" - não poderiam exercer nenhum tipo de trabalho aos sábados. Mesmo assim, muitas vezes precisam, por exemplo, freqüentar aulas aos sábados. Ele considerou o projeto "interessante", mas disse ser contrário a regras muito rígidas, como o horário estabelecido na proposta para a proibição da realização dos exames.

O projeto foi elogiado pelo presidente do Sistema Universal de Comunicações e Relações Institucionais da Igreja Universal do Reino de Deus, Jerônimo Alves Ferreira.

- Em nome de minha instituição, desejo manifestar meu apoio a esse projeto. Nosso país tem avançado e respeitado a pluralidade religiosa - disse Ferreira.

Após observar que o vestibular é o principal processo seletivo para o acesso às universidades, o assessor jurídico da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, Daniel Pitangueiras Avelino, disse já existir um parecer do Conselho Federal da Educação que isenta de amparo legal o abono de falta a candidatos que se ausentem de exames por convicção religiosa.

Por sua vez, o advogado Hugo Sarubbi, da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, ponderou que existem dificuldades para colocar em prática a proibição prevista no projeto. Ele questionou como se poderia permitir que um grupo de candidatos faça o mesmo exame que os demais candidatos em data diferente.

- Nossa postura não tem viés religioso. Mas essa fórmula não resolverá o problema, causará outros problemas e é vulnerável a qualquer exame de constitucionalidade. Existe ainda o argumento do risco da ditadura das minorias. A exceção não pode ser a regra - advertiu Sarubbi.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Os petrodólares aquecem o Ártico

Em meio ao terremoto que atinge a economia americana, o Alasca vem se revelando uma surpreendente exceção. O território gelado perdido nos confins do Ártico, cuja beleza natural selvagem atrai uma série de aventureiros e turistas dos quatro cantos do mundo, passa pelo momento mais próspero de sua história. Até o final do ano, a arrecadação de impostos deve chegar a 11,2 bilhões de dólares, mais que o quádruplo do total registrado em 2004. O progresso teve impacto direto na vida dos moradores. Há dois anos, o Alasca registrou a sexta maior renda per capita do país. Hoje, ocupa a segunda posição nesse ranking, com uma média de rendimento de 65 133 dólares por ano (em Nova York, por exemplo, o valor é de 57 158 dólares). A circulação de dinheiro vem movimentando setores importantes, como o mercado imobiliário. Mesmo durante a maior crise dessa área na história recente dos Estados Unidos, os preços das residências no Alasca apresentaram alta de 1,9% nos últimos 12 meses, ante um decréscimo de 11,8% no restante do país durante o mesmo período.

O fator que vem aquecendo a economia do estado é o ciclo de alta de preços do petróleo. Atualmente, 14% do combustível produzido nos Estados Unidos sai das plataformas do Alasca. O produto é responsável por quase 90% do PIB do estado, que instituiu uma das maiores cargas tributárias do mundo para as empresas que exploram a riqueza em seu território. Em média, três quartos do valor de cada barril produzido por ali vão direto para os cofres do governo estadual. Portanto, quanto mais caro o barril, melhor para o Alasca. Melhor também para a republicana Sarah Palin, que assumiu o governo do estado em 2007, colecionou superávits orçamentários e ganhou uma taxa de aprovação expressiva da população, até deixar o cargo em agosto para ocupar a vice-presidência na chapa do colega de partido John McCain.

Uma das ações que ajudaram a aumentar a popularidade de Palin no estado foi a aprovação de uma lei que tornou ainda mais generosa a distribuição de dividendos do petróleo à população. A iniciativa lhe rendeu o apelido de "Chávez do Ártico", numa referência ao presidente venezuelano, que também se beneficiou politicamente do ciclo de alta do combustível. Graças à "Lei Palin", cada um dos 630 000 moradores do Alasca (incluindo as crianças) recebeu no mês passado um cheque de 3 269 dólares, o maior valor desde que o benefício anual passou a ser entregue, em 1976. Na teoria, esse dinheiro serviria para aliviar os gastos com aquecimento doméstico (que também consome diesel e outros derivados do petróleo). Na prática, ele serve para movimentar o consumo no estado e, por isso, é estrategicamente entregue poucos meses antes do Natal.

Esse período de pujança movida a petróleo não deve terminar tão cedo. O governo do estado acaba de liberar uma nova área de 2,6 milhões de acres para exploração. As reservas estimadas no local são de 3,7 bilhões de barris - volume próximo ao do recém-descoberto campo de Tupi, no Brasil, que varia de 5 bilhões a 8 bilhões, segundo as últimas estimativas. Algumas importantes petrolíferas já anunciaram pacotes de investimento tendo em vista o início dos trabalhos desses novos campos, o que deve ocorrer até 2012. Numa operação conjunta, a inglesa British Petroleum e a empresa local ConocoPhilips vão gastar 30 bilhões de dólares na construção da infra-estrutura necessária para transportar petróleo e gás natural da reserva para o Canadá e para os demais estados americanos.

Combustível da prosperidade

Além do Alasca, outras regiões produtoras fora do eixo Venezuela-Oriente Médio experimentam um período de desenvolvimento econômico inédito em razão das altas no preço do combustível. Trinidad e Tobago, uma nação de 1,3 milhão de habitantes na América Central, ganhou o apelido de "tigre do Caribe" por causa de um ciclo recente de desenvolvimento movido a petrodólares. O governo local acaba de divulgar que seu orçamento para 2009 será de 50 bilhões de dólares, o maior da história do país. No Azerbaijão, uma ex-república soviética, com 8,7 milhões de habitantes e reservas de petróleo estimadas em 7 bilhões de barris, a economia registrou a maior taxa de crescimento do mundo em 2007 - 17,5%. Boa parte do dinheiro tem sido usada para modernizar a economia do país. Na última edição do estudo Doing Business, do Banco Mundial, que mede a qualidade do ambiente de negócios das nações, o país subiu nada menos que 64 posições no ranking (ocupa atualmente o 33o lugar; o Brasil é o número 126). Isso o coloca no grupo que corre na direção oposta à da Nigéria e à de outros países do continente africano, cujas rendas com o petróleo serviram para perpetuar ditadores e aumentar desigualdades sociais. No caso do Azerbaijão, em vez de uma maldição, o "ouro negro" está virando o combustível da prosperidade.

Braçada de campeão

Nade como um profissional. Você não ganha medalhas, mas garante saúde, fôlego e um corpo definido

Você já deve ter ouvido falar que natação é o exercício mais completo que existe. E tem razão de ser, principalmente se você focar no nado livre. "Ele proporciona um treino cardiovascular formidável e também trabalha a maioria dos músculos", afirma o nadador Thiago Pereira, ganhador de seis medalhas de ouro no Pan do Rio. A atividade aumenta a força e fortalece a musculatura, além de estraçalhar calorias. Ok, ninguém quer que você se transforme em um Thiago da noite para o dia, até porque talvez você não tenha 1,86 metro de altura - na água, o comprimento significa velocidade - nem pretende percorrer distâncias absurdas no braço. "Em épocas de treinamento intenso, o atleta nada, em média, 60 quilômetros semanais", conta Fernando Vanzella, treinador de Thiago no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. Mesmo assim, a natação pode fazer um bem danado para o seu corpo. Por isso, preparamos um dossiê que vai deixar seus oponentes a ver navios. Ele funciona para iniciantes que não querem fazer feio e também para quem já domina as braçadas e deseja ganhar velocidade. Quer todos esses benefícios com o nado livre? Então entre nessa com nossos campeões!

1 FIQUE FIRME. A água é muito mais densa que o ar. "Assim, é importante fazer o corpo deslizar por um tubo imaginário dentro da piscina", sugere Álvaro Taba, treinador do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Imagine um eixo central que vai do topo da cabeça ao lado oposto da piscina. A cada braçada, gire o corpo ao longo desse eixo, estendendo o braço-guia à frente o máximo que conseguir. Continue com os músculos lombares e abdominais contraídos conforme avança - assim você mantém o impulso de braços e pernas e impede que o tronco afunde como a pança de um velho marinheiro.

2 SOLTE O BRAÇO. Você já teve a sensação de nadar, nadar e não sair do lugar? Isso quer dizer que sua braçada não está sendo executada corretamente - e você está fazendo força em vão. Para acertar, transforme sua mão e seu antebraço em uma verdadeira pá, e puxe. "Estudos biomecânicos mostram que teremos maior eficiência se mantivermos o braço e o antebraço retos e fizermos um movimento de escavação", ensina Taba. Conserve as mãos em formato de pá. Você deve impulsionar seu braço pela água em um ângulo vertical, e não deixar o tronco baixar mais que o resto do corpo.

3 GIRE O CORPO COM FORÇA. "Cada braçada começa com o braço-guia já submerso e, o mesmo lado do seu corpo (o mais baixo), quase afundando. O outro lado (o alto) deve ser elevado, sendo que o braço que acabou de fazer o movimento deverá estar pronto para retornar à água. O impulso ocorre quando você abaixa o lado alto do corpo", orienta o técnico olímpico Terry Laughlin, treinador de Michael Phelps e presidente do grupo de estudos sobre natação Total Immersion, de Nova York, nos EUA. Movimente o braço desse lado para a frente, ao longo do eixo central, o que obrigatoriamente faz girar os quadris e o tronco. "Enquanto isso, o braço do lado baixo se torna o propulsor submerso que, em conjunto com o giro do tronco, produz aceleração", avisa Vanzella.

4 MANTENHA A CABEÇA BAIXA. Cabeça erguida faz o corpo afundar como um Titanic. "Costumo olhar direto para o fundo da piscina", conta o nadador americano Michael Phelps, que já ganhou 14 medalhas de ouro em Olimpíadas. "Assim você reduz o atrito com a água e mantém o tronco erguido, reduzindo as lesões no pescoço e na lombar", explica Vanzella.

5 ENCONTRE SEU CAMINHO. Dê poucas braçadas. O objetivo é ter um DPS alto, sigla para distância por braçada em inglês. "Nadadores de elite podem cruzar uma piscina de 25 metros em cinco braçadas", revela Álvaro Taba. Tente manter o número de braçadas baixo e deixe as pernas alinhadas ao eixo. Quando começar a perder velocidade, dê a próxima braçada.

6 ARRASTE OS PÉS. "Se você sabe chutar bem, vai nadar bem", assegura Phelps. O truque está em transformar os pés em barbatanas. Eis de novo o efeito alavanca: pernas esticadas, cortando a água, mas com os pés sempre flexíveis. Isso fará com que eles batam na descida de cada pernada, proporcionando energia e ajudando o seu corpo a girar ao longo do eixo central. Se seus pés não têm muita flexibilidade, compre um pé-de-pato.

7 NÃO PERCA O FÔLEGO. Respirar toda vez que a cabeça se aproxima da superfície é uma ótima receita para engolir água. Conte a respiração. Solte o ar com vigor (todo, não só 90%) antes de respirar forte e rápido quando estiver no lado alto. Os principiantes precisam respirar a cada braçada, mas, conforme a resistência aumenta, tente respirar em lados alternados, a cada três braçadas. Isso reduz a tensão em pescoço e ombros.

"A natação é um treino cardiovascular formidável e também trabalha a maioria dos músculos" Thiago Pereira

SUBMERSO EM SAÚDE
Os benefícios da natação começam assim que você cai na água
1 MINUTO
Alivie as articulações

Dentro d`água, suas articulações sofrem menos pressão. "Por diminuir o peso do corpo, a água reduz o risco de qualquer lesão", diz Mike Peyrebrune, treinador do esporte na Universidade Loughborough, na Inglaterra.

5 MINUTOS
Salve o coração
Segundo estudo realizado pelo fisiologista do esporte Turíbio Leite de Barros, consultor da MH, a natação é, ao lado do remo, o melhor exercício para queimar calorias. E esse gasto pode reduzir em 62% o risco de morrer por doenças cardíacas.

22 MINUTOS
Sue a cerveja
22 minutos de nado livre queimam o equivalente a uma lata de cerveja e a modalidade emprega 44 músculos. "É o estilo que os nadadores conseguem executar por mais tempo e com mais intensidade", explica o treinador de natação Fernando Vanzella.
30 MINUTOS
Vença a bike
De acordo com o periódico americano Compendium of Physical Activities, meia hora de natação vigorosa é quase como pedalar 11 quilômetros numa velocidade de 22 km/h. Mas pedalar traz quase tanto benefício quanto nadar. E a mesma diversão.
45 MINUTOS
Adote a borboleta
45 minutos desse estilo queimam até 600 calorias, equivalente a um pedaço de lasanha. Ele tambémé excelente para ombros, costas e tríceps. "Se achar difícil, nade peito com uma prancha de isopor no meio das pernas", explica o treinador americano Terry Laughlin.
60 MINUTOS
Queime o fast food
Uma hora de nado estilo costas queima 500 calorias - praticamente um Big Mac. Se o objetivo é enxugar banha, cair na piscina é mais eficaz que levantar peso, que consome apenas de 270 a 450 calorias.

1 SEMANA
Afaste o derrame

Se você está preocupado com isso, é melhor tomar algumas medidas. Três sessões semanais de uma hora de natação reduzem seu risco de derrame cerebral. Um estudo feito com 47 721 finlandeses descobriu que três horas semanais de exercícios vigorosos como a natação reduzem os riscos de derrame em 26%.

Depois do treino, mergulhar na cerveja não causa culpa
2 SEMANAS
Derrube a depressão
Nadar afasta a doença. Talvez o benefício venha do efeito calmante da imersão, ou simplesmente da abundância de garotas em trajes de banho, ou mesmo do caldo naquele moleque chato. Masé líquido e certo: o exercício relaxa de verdade. Estudos da Universidade da Cidade de Nova York, nos EUA, descobriram que nadadores eram significativamente menos tensos, depressivos, zangados, confusos e ansiosos do que não-nadadores.
10 SEMANAS
Respire fundo
De acordo com um estudo publicado no periódico americano Journal of Applied Physiology, depois de nadar uma hora por dia, três vezes por semana, durante 70 dias, os voluntários aumentaram em 11% seu VO2 (capacidade do pulmão de processar oxigênio).
15 SEMANAS
Controle o colesterol
Uma pesquisa da Universidade de Harvard (EUA) sugere que, ao aumentar o nível de HDL (colesterol bom) com exercícios complexos como a natação, é possível reduzir o risco de ataque do coração em 30%. Mais: o esporte também pode controlar o LDL (colesterol ruim).
26 SEMANAS
Faça as mulheres felizes
Segundo Fernando Vanzella, o peitoral de) nido e o formato em V das costas começam aparecer consideravelmente após seis a 12 meses de natação. A boa notícia: numa pesquisa com leitoras da revista Nova , 30% delas elegeram o peitoral como o músculo preferido.
E FINALMENTE...
Demore para morrer

Um estudo da Universidade Harvard, com 17 mil homens, descobriu que aqueles que queimaram 2 mil calorias por semana se exercitando- equivalente a três ou quatro sessões de natação - vivem, em média, dois anos a mais do que aqueles que não mergulharam nessa.
... e fique jovem para sempre
Em um estudo da Universidade de Indiana, nos EUA, testes de pressão, função pulmonar, massa muscular e exames de sangue em um grupo de nadadores com mais de 50 anos descobriu que o corpo deles funcionava em níveis normalmente observados em pessoas muito mais jovens. As funções ) siológicas geralmente entram em declínio numa taxa de 0,5-1% ao ano depois dos 35 anos, mas, ao analisar marcadores biológicos e comparar os resultados com a população, os pesquisadores concluíram que nadando uma distância de três a cinco quilômetros, de três a cinco vezes por semana, a maioria dos mortais vive mais de 70 anos.

Dicas de campeão
THIAGO PEREIRA
Quando a mente manda, o corpo obedece

O carioca Thiago Pereira é um sucesso nas piscinas. Mas as conquistas dele não podem ser atribuídas somente ao preparo físico. Thiago, com a ajuda da própria natação, se tornou um cara focado e disciplinado. "Fui uma criança bastante agitada. Com o esporte, aprendi a canalizar meu lado competitivo, que sempre foi muito forte, e a trabalhar de forma bacana com meus objetivos", conta. Ele também trouxe mais calma para a vida pessoal. O segredo? "Gostar de ficar na piscina. A água é uma segunda casa."

TÉCNICA VENCEDORA
Rasgue a piscina em três passos
Para melhorar a qualidade das suas braçadas no nado livre, siga a seqüência de dicas abaixo. "E lembre-se de que é fundamental manter o corpo o mais perto possível do eixo central", ensina Fernando Vanzella, treinador de Thiago Pereira. Veja como:
Passo 1: A explosão inicia aqui, com o braço direito prestes a começar a fase de tração, a perna direita pronta para a primeira pernada, o lado esquerdo do quadril pronto para cair e o braço esquerdo posicionado para retornar à água após a braçada.
Passo 2: Esta é a fase da potência. Coloque a mão e o antebraço direitos firmes na água e deixe os músculos do tronco e das costas girarem o corpo sobre si. O quadril esquerdo cai em relação ao eixo central, transferindo a força do centro para o braço propulsor. Enquanto isso, o braço esquerdo é esticado para a frente, alongando o corpo e fazendo o lado alto baixar, de modo a aumentar o torque no tronco e quadril. "Esse giro consegue acelerar a velocidade mais do que os músculos dos braços", alerta o técnico americano Terry Laughlin. Continue a puxar o corpo sobre o braço ancorado - os principiantes diminuem o ritmo nesse ponto -, quase como se tentasse jogar água para fora da piscina por trás.
Passo 3: "Mantenha as coxas ligeiramente afastadas, mas dentro do fluxo que o corpo cria conforme se movimenta", aconselha Vanzella. Estique as pernas ao máximo e solte os tornozelos, usando os pés como nadadeiras. A batida do pé esquerdo ajuda a erguer o lado esquerdo do corpo para a próxima braçada. Ao fim dela, o lado esquerdo deve estar abaixado, com o braço direito pronto para retomar a posição de descanso, e o esquerdo preparado para iniciar uma braçada vigorosa.

Navegando num mar de profissões - Como se orientar entre carreiras em alta, outras.

O futuro tem a forma de um "x". É assim, com uma cruzinha num formulário de vestibular, que um exército de mais de 1 milhão assinalará o curso para o qual pretende disputar vaga no final do ano. Além de marcar uma carreira, essa legião estará marcando também a profissão que deve acompanhá-la pela vida afora. Como há 129 diferentes cursos oferecidos por 851 faculdades, opção é o que não falta. Estimativas de consultores de recursos humanos dão conta de que apenas cinco de cada 100 vestibulandos de primeira viagem estão absolutamente certos de sua escolha antes da inscrição para as provas. Os outros têm uma vaga noção do que querem. Na dúvida, grande parte acaba optando pelas carreiras tradicionais. "Um em cada três alunos escolhe direito, medicina, odontologia ou engenharia, uma parte porque quer, outra parte porque acha que deveria querer", diz a socióloga Isabel Calvo, especialista na área. E é fácil entender por que os alunos ficam em dúvida. "Escolher significa posicionar-se entre duas ou mais possibilidades que são igualmente atraentes", afirma o pedagogo paulista Silvio Bock, um especialista em orientação vocacional.

A preocupação com a escolha da carreira ocorre quase sempre às vésperas do vestibular. Raros são os jovens que se preocupam em discutir, com alguma antecedência, o que vão ser quando crescer. A incerteza é angustiante. Optar por uma profissão é um processo trabalhoso. Não é de uma hora para outra, entre a compra do manual de inscrição para o vestibular e a realização das provas, que se vai adquirir confiança. Entre outras razões, é por isso que, dos 500 000 estudantes que entram na faculdade a cada ano, quase metade (240 000) desiste no meio do caminho. A desistência muitas vezes ocorre depois de iniciada a vida profissional. Nos Estados Unidos, há pesquisas apontando para o surgimento de uma nova tendência. Já existem pessoas trocando de profissão até três vezes. "Isso não deve ser motivo para sofrimentos", diz a psicanalista Maria Stella Sampaio Leite, de São Paulo. "A experiência e os conhecimentos apreendidos nunca são um desperdício."

Para escolher uma profissão, antes de mais nada, é preciso ouvir os pais mas só para saber o que eles acham da profissão que exercem. É um erro ceder às pressões familiares. É natural o pai advogado querer ver a filha no escritório e a mãe dentista querer empurrar o filho para o consultório. Há também os que fazem pressão porque não tiveram oportunidade de estudar e sempre sonharam ver o filho economista. Mas o futuro em questão é o do vestibulando, não o deles. Recomenda-se conhecer o máximo possível das minúcias das carreiras pelas quais tem curiosidade. Um exemplo: é comum ficar em dúvida entre administração de empresas e engenharia de produção, já que as duas ocupações cumprem praticamente o mesmo papel. "Num mercado de mutação veloz, como o de agora, as fronteiras entre as profissões tornam-se cada vez mais tênues", atesta a psicanalista Maria Stella. O que fazer então? Antes de mais nada, deve-se analisar o currículo dos dois cursos. Quem detesta física, química ou mecânica deve fugir das escolas de engenharia. Quem abomina filosofia, sociologia e psicologia deve esquecer administração.

Muitas vezes a dúvida pode ser resolvida dessa forma, de maneira simples, pela análise dos currículos. É o que acontece quando a indecisão envolve duas profissões semelhantes, como administração e engenharia de produção, ou história e filosofia. Mas há um tipo de dúvida mais complexa, quando o estudante não sabe se quer ser economista ou arquiteto carreiras totalmente diferentes. Quem está em dúvida entre uma área do mundo das contas e outra do universo das artes não deve angustiar-se nem achar que é um desorientado na vida. "Isso pode traduzir apenas o desejo de trabalhar com finanças, mas sem abrir mão da criatividade", afirma a psicóloga mineira Marlene Batista, diretora do Centro de Psicologia Aplicada da Universidade Estadual de Minas Gerais.

As profissões podem ser divididas em famílias. Algumas estão sempre em alta desde que o mundo é mundo, como medicina, direito e engenharia. Isso não vai mudar nunca. As pessoas vão continuar a ficar doentes, têm de resolver a pendência do aluguel e precisam de estradas para se deslocar. Outras, embora pouco prestigiadas, não deixam seus profissionais desempregados, como letras e matemática, já que sempre haverá procura por professores. Há carreiras que surpreendem, como turismo e educação física. Cinco ou seis anos atrás eram tidas como atividades exóticas, e hoje, apesar de oferecer salários pouco atraentes, formam entre as campeãs do vestibular. Uma categoria de profissão costuma gerar um encantamento especial entre os jovens, por conta de um falso glamour a ela atribuído. É o caso de jornalismo e publicidade. Na verdade, trabalha-se muito, ganha-se pouco e arrumar emprego é um desafio.

Como os jovens no Brasil têm de fazer sua opção profissional cedo demais, aos 17, 18 anos, há quem argumente que, em função disso, estariam mais sujeitos às inseguranças do que o americano, por exemplo. Lá, os estudantes só fazem a escolha de dois a quatro anos depois, o que faz com que o universitário americano tenha, em média, 25 anos idade de profissional formado no Brasil. "Se pudessem escolher mais tarde a profissão, os jovens poderiam ter um grau de segurança maior em torno do que planejam para suas vidas", diz o consultor de recursos humanos Simon Franco. É verdade. Na hora da decisão, o grande medo é errar. É descobrir mais tarde que a carreira escolhida não era a mais apropriada, que poderia ter feito outra coisa qualquer. Conhecendo um pouco mais sobre as profissões, o que poderia ser feito se os candidatos tivessem mais tempo, a margem de erro na hora de assinalar o "x" poderia ser menor. "Poderia, mas jamais desapareceria", acrescenta Franco. "Em qualquer idade, a dúvida vai existir sempre que se precisar escolher." Isso acontece até mesmo entre profissionais experientes. Há quem esteja trabalhando há dez, quinze anos e até hoje continue em crise, sem saber se escolheu certo ou errado.

Para o candidato que fica alucinado tentando resolver esse dilema, que fica procurando uma vocação, um aviso. "A única vocação do ser humano é não ter vocação nenhuma", filosofa o professor Bock. Isso quer dizer que a opção por uma carreira nada tem a ver com programação genética, mas com a história particular de cada um, sua educação, seu ambiente social, sua experiência de vida. Não adianta esperar que alguém ou algum livro de auto-ajuda identifique uma forte inclinação para a engenharia ou para a biologia. "Os estudantes esperam que alguém lhes diga qual carreira seguir", conta Maria Apparecida de Freitas, psicóloga paulista e orientadora vocacional. Os testes vocacionais ajudam, mas devem ser vistos apenas como forma de identificar áreas de interesse do aluno.Há versões mais específicas, que arriscam dizer se x deve ser veterinário e y, advogado. Cuidado. São pilantragens das grossas. "Os testes são bons para apontar caminhos, não para dar respostas acabadas", diz o vice-governador de Minas Gerais, Walfrido Mares Guia, educador que tem um exemplo pessoal para contar. Antes de prestar vestibular, seu teste vocacional disse que deveria ser advogado. Terminou fazendo engenharia química e administração de empresas, acabou professor, e não se arrepende. "Os testes também erram", afirma.

Concorrência feroz O único critério apropriado para tomar uma decisão tão difícil é fazê-lo solitariamente. Deve-se ter em mente apenas a busca da satisfação pessoal. "Ninguém vai ser feliz fazendo o que não gosta, ainda que consiga ganhar um bom salário no final do mês", diz o pedagogo Celso Ferreti, de São Paulo. Não adianta sair correndo atrás do mercado, querendo cursar a faculdade que interessa à praça. Cursos de momento, como moda e comércio exterior, estão em alta agora. Amanhã podem estar na sarjeta. É mais importante investir numa boa formação. "Os estudantes devem ter um grau de conhecimento bastante amplo e deixar para as empresas a responsabilidade de treiná-los de acordo com suas necessidades", defende Walfrido Mares Guia.

Todos os anos, o programa de estagiários do Citibank recebe cerca de 1.200 inscritos. Na primeira triagem, 1.000 jovens são sumariamente dispensados. Depois, um exame atento do currículo de cada um derruba outros 120. Sobram oitenta. Submetidos a testes específicos, restam vinte. Esses ganham contrato de um ano e catorze salários de 1.800 reais. Durante esse período, os recém-formados estagiam nos vários setores do banco. A mesma dureza da concorrência entre recém-formados se verifica na Copesul, peso pesado do setor químico e petroquímico, em Porto Alegre. A cada ano, 700 jovens candidatam-se ao programa de estágio da companhia. Depois de uma batelada de testes e entrevistas, apenas vinte ficam. Contratados por seis meses, ganham 750 reais por mês. Deles, catorze acabam contratados. "Minha experiência mostra que se dão melhor nas nossas triagens as pessoas mais apaixonadas pela profissão que abraçaram", afirma Délsio Klein, chefe de recursos humanos do Citibank.

Não importa o curso, ninguém deve perder de vista a necessidade de estudar muito. Não desperdice tempo fazendo curso de espanhol porque inventaram que isso pode ser bom para trabalhar em tempos de Mercosul. Estude espanhol se isso lhe agradar, se quiser ler Cervantes no original. "Os conhecimentos da humanidade se reciclam a cada seis anos", diz o químico José Atílio Vanin, vice-diretor da Fuvest, organizadora de alguns dos mais importantes vestibulares do país. "Só alguém que estuda com afinco consegue acompanhar esse ritmo." No setor de informática, o moderno de hoje estará obsoleto em seis meses. Na medicina, metade dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos que estarão em uso daqui a dez anos ainda não foi descoberta. "A formação generalista é muito mais importante do que a profissão em si", salienta a socióloga Elizabeth Balbachevsky, do Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior, da Universidade de São Paulo.


sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Piratas mantêm 96 tripulantes reféns no sul da Somália

LAGOS - Piratas seqüestraram oito barcos de pesca, com um total de 96 tripulantes, no Estado nigeriano de Bayelsa, no sul da Somália, divulgou um jornal local. O diário ThisDay atribuiu a informação a Margaret Orakwusi, presidente da Associação de Proprietários de Traineiras Nigerianos.

Segundo ela, os seqüestros ocorreram na região de Sambrayo. "Nós esperamos que os 96 tripulantes sejam encontrados com vida e saúde e retornem para suas famílias em segurança", disse Margaret. A entidade já notificou as autoridades marítimas. O Escritório Marítimo Internacional apontou a África como um foco de pirataria. Houve um grande aumento nesse tipo de ataque no segundo semestre de 2008, mais comum em águas somalis e nigerianas.

O órgão internacional registrou 114 ataques de piratas em todo o mundo nos primeiros seis meses de 2008, um pouco abaixo dos 126 registrados no mesmo período do ano passado. Porém desde junho essa modalidade de crime aumentou bastante, apontou a entidade.

Enquanto isso, a Índia anunciou que está enviando navios de guerra para a problemática região do Golfo de Áden em uma patrulha antipirataria, e as Filipinas pediram ontem que donos de navios estrangeiros utilizem apenas rotas seguras patrulhadas pelos Estados Unidos e outras nações. Até agora, 29 embarcações foram seqüestradas por piratas este ano no Chifre da África, incluindo um navio ucraniano carregado com armas, para cuja libertação os piratas exigem o pagamento de um resgate de US$ 8 milhões.

O seqüestro desse navio, que carregava tanques e outras armas pesadas, aumentou as preocupações sobre o caos na região do Golfo de Áden, que é uma importante rota marítima. A situação levou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a enviar navios de guerra para ajudar embarcações da marinha norte-americana a patrulhar a região. O último navio seqüestrado foi um cargueiro do Panamá com 21 tripulantes.

Resgate

Uma empresa marítima da Coréia do Sul pagou resgate a piratas da Somália pela libertação de um navio cargueiro e dos 22 tripulantes que retidos pelos piratas há mais de um mês, informou nesta sexta um representante da empresa sob a condição de anonimato. Os tripulantes - oito sul-coreanos e 14 birmaneses - foram libertados ontem junto com o navio Bright Ruby, seqüestrado na costa da Somália em 10 de setembro.

"Os marinheiros foram soltos após o pagamento do resgate", disse à Associated Press o funcionário da J&J Trust, proprietária do navio, sem revelar o valor do resgate, que foi pago em dinheiro. Uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul, que também falou sob a condição de anonimato, confirmou o pagamento.

O navio libertado seguia para um porto do Sri Lanka e planejava retornar para a Coréia do Sul e para Mianmar no fim deste mês, segundo a empresa marítima e o governo sul-coreano. O seqüestro levou o governo da Coréia do Sul a considerar o despacho de embarcações navais para áreas em torno da Somália a fim de conter possíveis seqüestros de navios sul-coreanos.

A maconha e a confissão dos candidatos a prefeito do Rio

Um candidato à Prefeitura do Rio diz que quando bem jovem, por curiosidade, tragou um cigarro de maconha e não gostou do "barato". O outro, de mais idade, como de há muito é público e notório sempre defendeu a sua legalização, foi usuário da maconha e hoje afirma.que abandonou o vício. Também renegou o "barato". Os depoimentos, de quem provou e de quem foi usuário, pelo menos corroboram a tese dos que combatem convictamente, como este articulista, o uso de drogas, em verdade um falso "mundo colorido" que vitima jovens no mundo todo e onde o ambiente familiar também é frontalmente vitimizado.

A droga continua sendo uma ameaça constante às nossas portas. Vivenciamos um mundo onde as estruturas sociais, a organização familiar e o relacionamento interpessoal, em flagrante declínio, permitem que a droga, pela promessa (falsa) de um prazer contínuo, apresente-se aos mais jovens como um objeto sedutor de fuga. Quando não há prazer junto à família, na escola, na universidade, no trabalho, no esporte, na religião, no lazer sadio, a droga pode substituir falsamente.

Nem sempre os experimentos quanto à tolerância ao uso de drogas têm produzido avanços mundo afora. Em 2001, na Inglaterra, o comandante da polícia do distrito de Lambeth decidiu que no bairro de Brixton, uma localidade pobre de Londres, com o intuito de liberar agentes para combater crimes mais graves, os usuários de maconha seriam apenas advertidos e, no máximo, sofreriam a apreensão da droga. Um ano após, a experiência foi interrompida. Brixton se tornou um centro de drogados, onde a maioria dos habitantes detestou o convívio com os usuários das drogas e a polícia sentiu-se enfraquecida na impossibilidade de deter e interrogá-los, privando-a de obter informações sobre traficantes. Verificou-se também que os acidentes de trânsito cresceram. O uso da maconha, tal e qual o álcool (droga lícita), afeta diretamente o cérebro onde são processadas as informações necessárias para a condução de um veículo, retardando a atitude do motorista ante os obstáculos que se apresentam na via.

Um estudo apresentado num congresso médico na França, em 2005, mostrou que cerca de 40% das pessoas com menos de 30 anos que morreram em acidentes rodoviários naquele país, entre 2001 e 2004, dirigiam sob o efeito de maconha. Entre os que haviam fumado a droga - cerca de 800 pessoas por ano - quase ¾ o fizeram uma hora antes do acidente. Há que se considerar ainda que o princípio ativo da "cannabis sativa" (a maconha), o tetrahidrocanabinol, THC, por mais se fale da droga para uso terapêutico, é hoje mais potente, trazendo seríssimos danos ao sistema nervoso central, face ao uso contínuo, dando causa à chamada síndrome amotivacional, um permanente estado de letargia.

Um relatório da Agência da ONU contra Drogas e Crime (UNODC), divulgado em junho de 2007, revela que houve aumento no consumo de drogas no país nos últimos anos. Segundo o estudo, o crescimento vai na contramão do restante do mundo, que registrou estabilidade. Por isso o Brasil hoje também é uma das principais rotas do tráfico internacional. De acordo com o relatório, o percentual de brasileiros que consome maconha subiu de 1% para 2,6%, entre 2001 e 2005. No mesmo período, subiu de 0,4 para 0,7% o percentual dos usuários de cocaína. Os entrevistados tinham entre 15 e 64 anos. O Brasil registrou o maior aumento no consumo de maconha entre países da América do Sul. Segundo a UNODC, a produção da droga no país não é suficiente para atender à demanda, o que faz com que a droga seja trazida do Paraguai. Outro resultado surpreendente e negativo para o país é o de maior consumidor de ópio (heroína) da América do Sul. São 600 mil pessoas que consomem a droga no Brasil.

Como visto, o consumo de drogas ilícitas no país cresce a passos largos. Por mais paradoxal que seja, as recentes declarações dos dois candidatos à Prefeitura do Rio trazem à tona novamente a necessidade de discussão aberta do importante tema em que os jovens e seus responsáveis precisam estar permanentemente alertados sobre os perigos deste mal. É preciso discutir a questão das drogas e esclarecer, no seio social e familiar, aos mais jovens que há meios mais sadios de satisfação humana do que o caminho (falso) do "mundo colorido" das drogas, na busca de estados alterados de consciência. O amor à família, o estudo, o trabalho, o esporte, a religião, o lazer sadio e o relacionamento social salutar são os verdadeiros caminhos da plena consagração humana. Quem usa drogas financia as armas do tráfico e a violência. Quem se ama não se droga.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Datas,fatos e pessoas que cairão no vestibular 2009 - atualizado

Não sou profeta mas prevejo que muito do que escrevi aqui vai cair nos vestibulares...¬¬


Carlos Drumond de Andrade

D.Jõao VI no Brasil

Matir luter king

1968 - mtas coisas brasil,frança,eua (queda de salazar em potugual)


200 anos policia civil rio de janeiro

160 anos do manifesto comunista

143 anos da revolução farroupilha

120 anos da abolição da escravatura

105 anos do tratado de petropolis

100 anos da imigração japonesa

100 anos do nascimento de santos dumond

100 do nascimento de guimarães rosa

90 anos gripe espanhola

90 anos da primeira guerra mundial

90 anos de Nelson Mandela

61 anos de independencia da india

60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

60 anos da criação do estado de israel

50 anos no espaço Lançamento do satélite soviético Sputnik

50 anos bossanova

50 anos da copa de 58

48 anos de brasilia

40 anos da revolução chinesa

40 anos do ETA

30 anos bebe de proveta

20 anos da constituição de 88

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pesquisa estima que escolaridade de negros e de brancos só se igualará em 17 anos

Estudo divulgado nesta quarta (15) pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostra que as desigualdades entre negros e brancos no sistema de ensino diminuíram nos últimos anos, mas revela que os negros estão acima da idade adequada aos níveis que freqüentam e, no ritmo atual, a diferença entre os dois segmentos só acabará em 17 anos.

De acordo com a pesquisa, entre 1995 e 2006 a taxa média de crescimento anual do número de anos na escola foi de 1,03 entre os brancos e de 1,06 entre os pretos e pardos. Apesar do pequeno avanço, em 2006, a população branca acima de 15 anos tinha oito anos de estudo, o equivalente à totalidade do ensino fundamental, contra seis anos entre os negros.

O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, destaca que o avanço da taxa média de anos na escola pode ser explicado pelo aumento "inédito" do contingente de pretos no ensino fundamental, no entanto, destaca que muitas pessoas entraram na escola em idade superior à adequada, ou seja, mais velhas do que o ideal para a turma.

Ainda segundo a pesquisa, houve aumento no número de alunos pretos e pardos nas universidades. No caso das públicas, o pesquisador destaca a influência das ações afirmativas e nas privadas, o destaque é o ProUni (Programa Universidade para Todos) que destina bolsas de estudo a alunos carentes.

O estudo ressalta, no entanto, que entre os jovens brancos com idade de freqüentar o ensino superior, um em cada cinco estava em sala de aula, enquanto cerca de 90% dos pretos e pardos, fora dela.

"O dado mostra o quanto temos que caminhar", afirma o professor ao defender a expansão do ensino superior para os negros, inclusive, na própria UFRJ, que resiste às cotas. "As políticas de expansão de vagas têm que dialogar com esses indicadores, senão a gente deixa essas desigualdades persistirem por muito tempo, especialmente aqui na UFRJ", criticou.

O levantamento coordenado pelo professor Marcelo Paixão foi elaborado com base em indicadores do governo federal. Foram utilizados dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), além de informações do Ministério da Educação e da Saúde.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sedentarismo mata mais do que fome na África

A vida moderna tem deixado o homem cada vez mais sedentário e, por conseqüência, sujeito a problemas de saúde. Neste artigo escrito pelo cardiologista Heraldo Victer, presidente do Centro de Estudos do Procordis (Cepro) e membro do grupo de caminhantes Araribóia, ele mostra que viver é caminhar. Vejam o que diz o doutor e me digam se ele tem ou não tem razão.

“A vida moderna trouxe uma série de vantagens ao homem comum, com facilidade na execução das tarefas diárias. O homem não precisa mais ir à busca, tudo chega às suas mãos sem esforço. De caminhante ativo se transformou em inativo. O preço desta mordomia foi o sedentarismo. Os carboidratos refinados (farinha de trigo refinada e seus derivados, açúcar refinado e seus derivados) e os alimentos gordurosos, fizeram a população conhecer a obesidade. Em fotografias e/ou filmes das décadas de 30, 40 e 50 não se observava pessoas com sobrepeso corporal, contudo atualmente a obesidade está se constituindo num flagelo das nações, existindo 300 milhões de obesos. É pior que a própria fome africana, e mata muito mais.

A obesidade leva a situações patológicas indesejadas, desde artrose dos joelhos, infiltração gordurosa do fígado, dificuldade de locomoção, e aparecimento da temida doença metabólica, diabetes mellitus. Logo surgem as doenças cardiovasculares (DCV). Estas são as principais causas de morbi-mortalidade em todo mundo ocidental, como no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro.

As DCV causam uma profunda repercussão à sociedade, reduzindo a força de trabalho, por acometer a população produtoramente ativa, levando a um grande impacto sócio-econômico, onerando a previdência social. Como reverter esta situação tão preocupante que agora acomete também a população jovem?
Na década de 70, um cardiologista texano, Dr. Kenneth Cooper, divulgou a i mportância da atividade física à saúde cardiovascular. Mais ainda, que o exercício físico atuaria na função cardíaca promovendo melhor desempenho do coração ante o esforço físico. Criava-se um modelo de resposta fisiológica do organismo, que proporcionaria uma prevenção às doenças cardiovasculares.

Estas observações e conclusões cientificas foram obtidas através de muitas experiências realizadas nos laboratórios de fisiologia do exercício, e foram tão logo passadas à prática clínica. Foram informações revolucionárias à época. Estes novos conceitos tiveram um impacto extraordinário à vida do homem comum, modificando o comportamento urbano, a ponto de ter ocorrido à época uma onda avassaladora de pessoas caminhando e correndo pelas ruas sem terem tido uma devida orientação profissional.

“Cooper” passou ser sinônimo de exercício físico. O chamado “Teste de Cooper” ingressou nas faculdades, penetrou nas salas de aulas, convenceu os professores, e foi academicamente repassado aos profissionais da área da saúde como verdade científica. Nos últimos anos vários trabalhos científicos vieram demonstrar a correlação linear existente entre os exercícios físicos e os benefícios obtidos, inclusive na redução da morbi-mortalidade cardiovascular. O estudo comparativo da doença coronária nos entregadores de carta (carteiros dos correios) demonstrou que nestes era estatisticamente muito menor do que nos motoristas de ônibus, comprovando a importância do exercício sobre a saúde. Da mesma forma, os obesos ativos são mais saudáveis que os obesos sedentários.

A adesão mínima da prática do exercício físico para despender gasto calórico moderado por período de tempo prolongado de forma regular está associada a uma redução de 20% a 30% do risco cardiovascular. Uma sessão de três segmentos de 30 minutos cada (alongamento, aeróbica e musculação) por 3 a 4 vezes por semana, é suficiente para produzir um adequado condicionamento físico e conferir qualidade de vida. Os expressivos efeitos benéficos se fazem presentes também no metabolismo lipídico, com aumento do HDL (colesterol “bom”), com redução do LDL (colesterol “ruim”) e com redução dos TG (triglicérides). Favorece um aumento a sensibilidade à insulina. Produz uma queda nas cifras da pressão arterial.

Finalmente, com a possível melhoria da função endotelial vascular, presume-se que possa retardar a progressão da aterosclerose. Dada à extrema facilidade de realização da atividade e exercício físicos, deve ser a via mais adequada para se tornar real a conquista de uma vida saudável. O homem deve reverter seu estilo de vida e voltar a ser caminhante.”

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Para cada ano de estudo, salário sobe 15%

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas mostrou que a cada ano estudado, o brasileiro ganha, em média, 15% a mais de salário. O levantamento “Você e o Mercado de Trabalho” foi feito com base nos dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, uma pessoa com pós-graduação tem o salário até 544% maior que alguém que nunca estudou. Para o pesquisador Marcelo Neri, isso ocorre devido ao aumento da demanda por mão-de-obra qualificada nas empresas. Além da melhoria na remuneração, o levantamento mostrou que o número de pessoas com trabalho também aumenta se o tempo de estudo for maior. Assim, a taxa de ocupação entre pessoas que estudaram 18 anos, o que inclui trabalhadores com mestrado e doutorado, é de 90%; enquanto, entre os analfabetos é de 59%.

O nível de escolaridade também amplia as oportunidades de se conseguir um emprego. Um trabalhador que completou o ensino fundamental tem 35% a mais de chances de ocupação que um analfabeto e as oportunidades sobem para 122% na comparação com alguém que tenha o ensino médio. Já um graduado tem 387% a mais de chances que uma pessoa que nunca estudou.

Mais lucrativo – a pesquisa também listou as profissões mais lucrativas na faixa etária entre 22 e 29 anos. Os médicos estão em primeiro lugar, com um salário médio de 3.624 reais.


Veja

Por que precisamos de mais caos em nossas vidas?

Porque estamos emburrecendo. Estamos levando a sério demais o caráter apolíneo do mundo. Cada dia que passa criamos mentiras cada vez mais elaboradas para manter nosso statu quo.

Viver no caos nos ajuda a recuperar a alma perdida, nossa chama dionisíaca; nos ajuda a fazer as perguntas certas, a pensar diferente. Nunca fomos tão homogêneos, tão pasteurizados, tão assépticos.

Ninguém mais parece querer pagar o preço de viver seu destino e pensar por conta própria. Estamos sempre em busca de uma confirmação nos outros, o que para mim é o oposto da criatividade. E o caos nada mais é que isso, ser criativo.

Caos é renunciar aos gurus, aprender com o que está à margem, ir contra a maioria. A maioria SEMPRE vai estar errada, pois buscam viver de acordo com as regras, obedecer, aceitar e acatar. Viver no caos é viver no relativo, buscar alternativas, repensar o que parece certo. Viver no caos é entrar no fluxo da vida: incerta, imperfeita, finita e sem controle.

SER do mundo, FAZER o mundo, e não simplesmente ESTAR no mundo. Fodam-se os objetivos. A gente precisa a reaprender a enjoy the ride.

Se não for assim, melhor ir para a fila do abate.

Papo de Homem

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Internet pela tomada


Em breve luz e internet correrão pela mesma fiação. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) finalizou na segunda-feira 29 a consulta pública que servirá de base para a elaboração do padrão brasileiro de internet por rede elétrica. Para um país continental, essa tecnologia significará, sobretudo, a sua democratização. Afinal, a energia elétrica chega a 95% do País - vale incluir o interior da Amazônia, os confins da caatinga ou uma praia praticamente deserta. Como não é necessária a implantação de infra-estrutura, o acesso ocorrerá também em edificações antigas - basta ter fio e tomada.
A instalação será feita com um modem especial que conecta a saída de cabo de rede à tomada. Há duas tecnologias disponíveis: o Power Line Communications (PLC), que permite diversos tipos de banda, e o Broadband over Power Lines (BPL), conhecida como banda larga.
Os sinais da internet possuem uma freqüência própria, ou seja, não interferirão na luz de sua casa. O problema é que essa freqüência é a mesma em que navegam certas ondas de rádio. Sem isolamento, pode haver interferência em rádios importantes - da polícia, por exemplo.
200 Mbps é a velocidade que pode chegar a banda larga pela rede elétrica. O número é muito superior aos padrões brasileiros - hoje as conexões mais rápidas no País não ultrapassam 30 Mbps
A questão foi levantada durante a consulta pública da Anatel, que já listou algumas soluções que vão desde a adoção de freqüências diferentes até a blindagem dos fios elétricos. Procurada por ISTOÉ, a Anatel limitou-se a dizer que o relatório será encaminhado para uma equipe técnica: "Estamos definindo as condições para utilização do serviço, os equipamentos homologados e a faixa de operação." Algumas empresas já estão fazendo testes por conta própria, como é o caso da Panasonic, que trouxe seus modems PLC do Japão para implantar um projeto-piloto na cidade de Barreirinhas, em meio aos Lençóis Maranhenses. "Houve uma aceitação muito boa", disse à ISTOÉ Eduardo Kitayama, responsável da Panasonic pela chegada do equipamento ao Brasil. A AES Eletropaulo, empresa concessionária do sistema elétrico de São Paulo, também entrou no jogo. Adiantou à ISTOÉ que está realizando testes com a tecnologia BPL paulista: "Assim que tivermos mais informações, falaremos sobre o assunto."

No ritmo da evolução


O estudante Antonio dos Santos Veiga, o Tuca, de 20 anos, não sabe explicar como os versos lhe vieram à cabeça. Mas a música, composta em menos de cinco minutos, durante uma caminhada pelas ruas da Vila Madalena, em São Paulo, virou hino informal de uma das maiores torcidas do Brasil. O grito “Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians” marcou o apoio dos torcedores ao time em um momento difícil – o rebaixamento para a segunda divisão no Campeonato Brasileiro de 2007.
Tuca contou com a ajuda de um colega para divulgar o hino. Cantavam no ônibus, na volta dos jogos, ou na fila para comprar ingresso para as partidas. Até que conseguiram convencer a torcida organizada a puxar o grito. A primeira vez foi em março de 2007, no estádio do Pacaembu, durante o intervalo de Corinthians e Pirambu, clube sergipano. “No começo, éramos eu e meu amigo gritando. Quando o time voltou do intervalo, o estádio inteiro estava cantando”, afirma o estudante.
Ele não sabe o que fez de seu grito um sucesso. Talvez a letra simples, fácil de decorar. Talvez o ritmo forte, vibrante. Mas o efeito sobre os torcedores é certo: quase um transe. “O pessoal acaba ficando maluco, canta do fundo do pulmão”, diz Tuca. Ele acredita que a empolgação da torcida ajude o time a jogar melhor.
Como uma música tão simples consegue contagiar multidões – e, possivelmente, até ajudar no desempenho de uma equipe? É claro que a paixão pela camisa alvinegra – rubro-negra, alviverde, tricolor, colorada ou de quaisquer outros tons – tem sua contribuição. Mas parece que a musicalidade inerente aos seres humanos é ainda mais forte que o amor pelo time do coração. É essa profunda ligação que a ciência está tentando desvendar.
O neurocientista americano Daniel Levitin, que trabalhou para grandes estrelas da música pop, lança uma teoria polêmica em seu livro mais recente, The World in Six Songs (O Mundo em Seis Canções), publicado em agosto nos Estados Unidos e ainda sem edição brasileira. Ele afirma que seis tipos de música influenciaram a evolução humana: de amizade; alegria; de conforto; religiosa; de amor e de conhecimento. “O poder da música foi capaz de mudar culturas”, disse a ÉPOCA. Canções como as de conforto, que dão apoio em momentos difíceis, e de alegria, que ajudam a motivar, são duas das categorias. “Foram as seis maneiras que nossos ancestrais usaram para se comunicar que moldaram a natureza humana”, diz.
O próprio Levitin teve seu caminho influenciado pelas notas e pelos acordes musicais. Na década de 1970, deixou o curso de Engenharia Elétrica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, para virar guitarrista de uma obscura banda country no Estado do Oregon. Depois começou a trabalhar em estúdios e prestou serviços para artistas como Stevie Wonder e Carlos Santana. Na década de 1990, retomou seus estudos acadêmicos sem abandonar a música e se tornou um dos líderes nas pesquisas sobre os caminhos do som no cérebro.
Levitin sustenta que todas as canções, não importa em que categoria se encaixem, ajudaram o cérebro a exercitar habilidades imprescindíveis à sobrevivência de nossos antepassados. Ao transformar um sentimento ou informação em música, entra em ação a capacidade de abstração e de imaginação. E a melodia entretém o cérebro em um jogo de adivinhação (algo como “que nota vem depois dessa?”). Quando acertamos, nos sentimos recompensados. Por isso, ouvir música é tão bom. Essa brincadeira de adivinhação teria ajudado a desenvolver a capacidade de antever cenários e conferido uma vantagem evolutiva aos humanos com tal aptidão. “Nós não gostamos de música porque ela é bonita”, escreve Levitin. “Nós a achamos bonita porque os primeiros humanos que fizeram bom uso dela foram os mais bem-sucedidos em sobrevivência e reprodução”.
A idéia de que a música ajudou a desenvolver nossas capacidades mentais não é uma novidade. A dúvida que divide os pesquisadores é se ela foi uma das causas de nossa inteligência ou se surgiu apenas como um subproduto da evolução – que teria ocorrido para dar conta de outras necessidades, como a busca de alimentos ou a interação social pela palavra. Levitin não resolve a questão. Mas, ao dividir as canções em seis categorias, ajuda a ciência a entender melhor seus efeitos sobre nós.

sábado, 4 de outubro de 2008

Rio será sede dos Jogos Mundiais Militares em 2011

O presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMV), brigadeiro Luís Antônio Pinto Machado, esteve na segunda-feira na sede da CBF. O brigadeiro fez uma visita de cortesia e agradecimento ao presidente Ricardo Teixeira pelo apoio dado pela CBF à bem-sucedida candidatura do Brasil, que venceu a disputa com a Turquia para sediar a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares que acontecerão no Rio de Janeiro em 2011.
- A CBF é parceira de longa data da CDMV. Fiz questão de agradecer ao presidente Ricardo Teixeira o apoio a nossa candidatura, que foi fundamental na vitória sobre a Turquia, uma forte candidata - disse o brigadeiro.
Os Jogos Mundiais Militares - Rio 2011 terão 21 modalidades esportivas e previsão de participação de aproximadamente 90 países e entre 4.500 e 7.000 atletas militares de várias partes do mundo.
Os Jogos são promovidos de quatro em quatro anos pelo Conselho Internacional do Esporte Militar ( CISM), que reúne 128 países do mundo inteiro e mais de um milhão de atletas militares, e foi reconhecido pela ONU como uma Organização promotora da Paz através do esporte.
Em 2007, em outubro, a competição será realizada na Índia, nas cidades de Hyderabad e Bombain, com 71 países inscritos e 4.571 atletas.
Para a quinta edição, em 2011, em eleição que aconteceu no dia 25 de maio na cidade Ouagadougou, capital de Burkina Faso, durante a Assembléia Anual do CISM, Brasil e Turquia apresentaram suas candidaturas. O Brasil foi representado pela Comissão Desportiva Militar do Brasil - CDMB, órgão encarregado de coordenar os esportes nas Forças Armadas e Auxiliares no país, bem como incentivar a prática esportiva no âmbito militar e que faz parte da estrutura do Ministério da Defesa.
Para conseguir superar a Turquia, que fez um forte investimento na sua candidatura, em curso desde 2003, o brigadeiro Luís Antônio destacou ainda uma série de fatores como fundamentais, como o apoio das autoridades governamentais, como os dos ministros da Defesa e do Esporte, do governador do Rio de Janeiro, do prefeito do Rio de Janeiro e ainda dos comandantes das Forças Armadas.
- O fato de o Rio de Janeiro ser apresentado como sede foi também decisivo, pela grande atração turística que a cidade exerce no mundo. E também a capacidade de organização de eventos esportivos militares, comprovada em mais de 400 campeonatos mundiais realizados no Brasil.
Para a realização dos Jogos Militares em 2011, foi oferecida a utilização da infra-estrutura esportiva dos recentes Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Serão disputadas 21 modalidades esportivas:
1 - Atletismo; 2 - Basquetebol; 3 - Boxe; 4 - Cross Country; 5 - Equitação; 6 - Esgrima; 7 - Futebol; 8 - Futebol de Salão (demonstração); 9 - Handebol 10 - Judô; 11 - Natação; 12 - Orientação; 13 - Pentatlo Aeronáutico; 14 - Pentatlo Militar; 15 - Pentatlo Moderno; 16 - Pentatlo Naval; 17 - Pára-Quedismo; 18 - Tiro; 19 - Triatlo; 20 - Voleibol; e 21 - Voleibol de praia (demonstração).
A primeira versão dos Jogos Mundiais Militares foi realizada em Roma, em 1995, tendo contado com a participação de 4.017 atletas e 93 países; seguiu-se em Zagreb, Croácia, em 1999, com a participação de 6.734 atletas e 82 países participantes; e Catânia, Itália, em 2003, com a participação de 6.000 atletas e 87 países.

Fonte: CBF NEWS

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Google nos faz mais idiotas?


Os artigos e livros de Nicholas Carr têm sido uma fonte de desgosto para os aficionados de internet. No início deste ano, o jornalista e escritor americano lançou The Big Switch (“A grande virada”), em que revela os perigos de uma rede de compu-tadores cada vez mais inteligente e poderosa. Agora volta à carga em artigo na revista Atlantic Monthly, no qual aborda uma ameaça mais sutil do mundo virtual. Carr deu-se conta dela ao perceber que tinha cada vez menos paciência para ler textos longos ou livros. Sua concentração se dispersava depois de duas ou três páginas. “Estou sempre tentando trazer minha mente de volta ao texto”, diz. O que antes fazia com prazer virou um martírio. “Não penso mais da maneira que costumava pensar”, lamenta. Carr está convicto de que não se trata de um problema pessoal. Ex-editor da Harvard Business Review, ele ouviu blo-gueiros e intelectuais que confessaram igual dificuldade para chegar até o último parágrafo de um livro.
O título do artigo – O Google está nos tornando estúpidos? – dá uma pista. Carr acredita que a internet transformou nossas mentes. Os meios de comunicação não são canais passivos de informação. “Eles fornecem o conteúdo de nossos pensamentos, mas também modelam o processo de pensamento”, diz Carr, citando o pensador canadense Marshall McLuhan. Resultado? Um internauta que salta de site em site condiciona a mente a receber informações de forma rápida e superficial. Os circuitos neuro-lógicos adaptam-se a essa nova realidade, afirma o escritor, baseado em pesquisas que mostram que o cérebro, mesmo o de adultos, é dotado de enorme plasticidade. “O cérebro consegue se reprogramar em pleno vôo, alterando a forma como funciona”, afirma o neurocientista James Olds, da George Mason University, em apoio aos argumentos de Carr.
Uma pesquisa recente da University College London confirma a dificuldade que as pessoas têm hoje de mergulhar em textos longos. O levantamento examinou, durante cinco anos, o comportamento dos visitantes de dois populares sites de pesquisa – da Biblioteca Britânica e de um consórcio de instituições de ensino – que dão acesso a jornais, e-books e outras fontes de informa-ção. Descobriram que os usuários exibem um comportamento ligeiro e inconstante. Lêem no máximo uma ou duas páginas de um artigo ou de um livro antes de trocar de site. Alguns arquivam textos longos, mas raramente voltam a consultá-los. “Fica evidente que os usuários não lêem no sentido tradicional”, dizem os autores do estudo. “É uma nova forma de leitura. Navegam por títulos, sumários e resumos de textos. Parece que estão online apenas para evitar uma leitura no sentido tradicional.”
A mesma superficialidade parece contaminar a academia, segundo estudo recente do sociólogo James Evans, da Universida-de de Chicago. Apesar de ter à sua disposição uma quantidade cada vez maior de versões online de publicações científicas, os pesquisadores tendem a pesquisar na internet um número reduzido de artigos – os mais comentados entre os colegas, ignorando todo o restante. “A pesquisa científica online acelera o consenso”, diz Evans. É um comportamento bem diferente daquele exibido por pesquisadores de outras eras, que gastavam um tempo enorme fuçando trabalhos em bibliotecas e que, pela própria natureza da consulta, esbarravam em trabalhos de diferentes campos do conhecimento, que, ao final, acabavam sendo citados nos seus estudos.
A repercussão do artigo de Carr foi imediata. Em seu blog, o escritor Evan Ratliff, colaborador da revista The New Yorker e do jornal The New York Times, disse que o uso incessante da internet provavelmente afeta também a nossa memória, uma vez que não temos mais a necessidade de lembrar daquilo que está facilmente à nossa disposição no universo virtual. O que não é, ne-cessariamente, negativo. São circuitos neurológicos que podem ser empregados em outras atividades.
Muitos apontam um pessimismo exagerado em Carr. O jornalista Kevin Kelly, editor da revista Wired, afirma em seu blog que, se o nosso desempenho intelectual cai quando estamos fora da rede, melhora quando estamos online. “Será que não ficamos mais idiotas quando estamos fora do Google, mas mais espertos quando estamos no Google? É muito provável que sim”, diz. Para Danny Hillis, escritor e consultor da IBM e da Hewlett-Packard, o autor de The Big Switch erra ao apontar o culpado. “O dilúvio que está nos afogando é o do excesso de informação”, afirma. Para ele, o Google e outros instrumentos da internet apenas nos ajudam a sobreviver em meio ao enorme fluxo de dados da sociedade contemporânea.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Abuse muito das fibras

1 COMER FIBRA É COISA DE MULHER ( ) VERDADE ( X ) MENTIRA Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o FDA (órgão norte-americano que regula os alimentos), um adulto, independentemente do sexo, deve consumir pelo menos 20 gramas de fibras por dia. Desse total, de 20% a 25% devem ser do tipo solúvel e o restante, insolúvel. “O primeiro é encontrado nas frutas e farelos e, ao chegar no intestino, se transforma em um gel que diminui a fome e varre o excesso de gordura do sangue. Já o segundo tipo está presente nos grãos integrais, retém água e, por isso, aumenta o bolo fecal, estimulando o bom funcionamento intestinal”, explica a nutricionista Cristiane Ruiz Durante, coordenadora do PRATO (Projeto de Atendimento ao Obeso), do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

2 AJUDA A EVITAR PRISÃO DE VENTRE ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA “A fibra cumpre uma função fundamental na travessia do bolo alimentar pelo intestino: ela age deixando as fezes mais leves, úmidas e volumosas. Com isso, facilita a eliminação, evitando a prisão de ventre e suas conseqüências, como mal-estar, hemorróidas e fissuras anais”, afirma a pesquisadora Jocelem Salgado, professora de nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), em Piracicaba (SP).

3 NÃO TEM NENHUMA FUNÇÃO NUTRITIVA ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA “Realmente o organismo não é capaz de digerir nem absorvê-las. Por outro lado, elas podem interferir em todos os movimentos do sistema digestivo, regulando o intestino, melhorando a disposição, o humor e reduzindo uma série de doenças, muitas delas graves, como o câncer do reto”, diz Jocelem.
Delícia de custo-benefício: não tem calorias, não são caras, são gostosas e ainda auxiliam (e muito) na disgestão

4 ENCONTRAR FIBRAS NÃO É NADA FÁCIL... ( ) VERDADE ( X ) MENTIRA Que nada! O composto é figurinha carimbada nas frutas, especialmente com casca, nos legumes, nas verduras, nos grãos (aveia, trigo, lentilha, feijão) e, nas prateleiras dos supermercados, em versões integrais dos alimentos industrializados, entre eles pão, macarrão, arroz, torrada, biscoito e barra de cereal.

5 DÁ GASES E INCHA A BARRIGA! ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA Mas isso só acontece com quem não tinha o hábito de ingerir fibras e passou a consumi-las diariamente. “Sua fermentação no intestino é muito alta mesmo, mas em poucos dias o organismo se acostuma e tudo melhora”, garante a nutricionista e mestre em nutrição esportiva Cynthia Antonnacio, da Equilibrium Consultoria em Nutrição, em São Paulo.
Os cereais matinais – granola, muslix e outros – são uma das mais saborosas fontes de fibras. Não comece seu dia sem eles!

6 PETISCO DE BOTECO TAMBÉM TEM FIBRA ( ) VERDADE ( X ) MENTIRA Difícil. A não ser que você peça uma porção de shimeji com shitake, legumes em conserva, espeto de abobrinha e berinjela com casca, tremoço ou pão alemão.

7 CONTRIBUI PARA EVITAR DIABETES E COLESTEROL ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA O composto tem o importante papel de equilibrar a produção de insulina pelo pâncreas (cujo excesso pode causar diabetes) e eliminar o excedente de gordura do sangue que, nesse caso, pode elevar o colesterol.

Boas compras:

Dieta com sabor Plus Vita 100% Integral 12 Grãos, R$ 4,54. Cada fatia do pão de fôrma traz semente de girassol, centeio, trigo, aveia, linhaça, gergelim, milho, quinoa, soja, cevada, milheto e triticale.Quaker Forno e Fogão, R$ 2. Farinha à base de aveia que pode substituir a de trigo para deixar os pratos mais nutritivos.Tio João 7 Cereais + Soja, Josapar, R$ 7. Reúne arroz integral e selvagem, aveia, cevada, trigo, centeio, triticale e soja.3 Cereais Activita, Adria, R$ 2,40. O macarrão feito de trigo de sêmola, cevada e aveia é uma boa fonte de energia, proteínas e minerais.Batavo Bio Fibras Zero, R$ 5. Iogurte cremoso enriquecido com fibras e pedaços de frutas.

8 PRODUTOS ENRIQUECIDOS COM FIBRAS SÃO MAIS DUROS ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA “Isso acontece porque o processo de fabricação preserva a casca do alimento, que é onde está a maior quantidade de fibras”, explica Cynthia Antonaccio. O lado bom disso é que você será obrigado a mastigar mais vezes cada bocado, o que facilita a digestão e estimula a saciedade.

9 É BOA PARA QUEM MALHA E QUER MELHORAR A APARÊNCIA ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA “A fibra aumenta o pique para treinar, sim. Porém, deve ser consumida pelo menos duas horas antes de ir para a academia – como demora mais para ser digerida, ela dá a sensação de que o estômago está cheio e pesado”, avisa Cynthia. Quanto ao visual, a nutricionista afirma: “Ela elimina as toxinas ingeridas junto com os alimentos, garantindo uma pele mais bonita, brilhante e sem acne”.

10 ALIMENTOS FIBROSOS ACELERAM A SACIEDADE ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA Isso acontece por dois motivos: primeiro, porque a fibra atua como uma esponja, absorvendo a água que passa pelo estômago e, conseqüentemente, deixando pouco espaço para a comida; segundo, porque ela leva muito tempo para passar pelo estômago e pelo intestino até ser eliminada pelo organismo. Para tirar a prova, basta servir-se de uma grande salada de folhas acompanhada de massa integral.

Informação adicional Boa notícia: você não precisa fazer grandes transformações na sua dieta para consumir fibras. Afinal, elas estão presentes na maioria dos alimentos: Alimento/Quantidade de fibras • 1 concha de feijão cozido – 6,9 g • 4 fi gos secos – 6 g • ½ xícara de lentilha cozida – 5,2 g • 3 colheres (sopa) de arroz integral – 4,3 g • 1 pêra média com casca – 4,2 g • 1 prato de macarrão cozido – 3,8 g • 2 fatias de pão de fôrma integral – 3,7 g • ½ xícara de ervilha cozida – 3,1 g • 1 batata assada com casca – 3 g • 1 banana-nanica grande – 2,9 g • 1 manga média – 2,9 g • 1 maçã média com casca – 2,8 g • ½ xícara (chá) de couve – 2,5 g • 1 cenoura média crua – 2,3 g • ½ xícara (chá) de brócolis – 2,3 g • 3 xícaras (chá) de pipoca – 2 g • 3 ameixas pretas secas – 2 g

Na Grécia antiga já se sabia que fibras (como o farelo de trigo) tinham funções laxantes e digestivas. Hipócrates (460-377 a.C) as estudou

11 OS ORGÂNICOS TÊM MAIS FIBRAS ( ) VERDADE ( X ) MENTIRA Apesar de serem cultivados sem adubos químicos, agrotóxicos ou hormônios, os orgânicos apresentam a mesma quantidade de fibras que os alimentos convencionais. “Elas são resistentes a esses aditivos e permanecem praticamente intactas tanto na presença quanto na ausência deles”, fala a nutricionista Adriana Kobayashi, da Equilibrium Consultoria em Nutrição, em São Paulo.

12 AS FIBRAS AUXILIAM O CONTROLE DA DIABETES, DO COLESTEROL E DO TRIGLICÉRIDE ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA Segundo a pesquisadora Jocelem Salgado, autora do livro Faça do alimento o seu medicamento – Previna doenças (Editora Ediouro), as fibras têm papel importantíssimo, especialmente no cuidado com a diabetes tipo 2 (aquela que costuma aparecer com a idade e o aumento do peso), porque ajudam a reduzir as taxas de açúcar e de gordura no sangue.
Verdades absolutas: fibra melhora o humor, aumenta o pique para treinar e até previne contra o câncer

13 COZINHAR OS LEGUMES REDUZ A QUANTIDADE DE FIBRAS ( X ) VERDADE ( ) MENTIRA O ideal é consumir os alimentos crus. Assim você preserva vitaminas e minerais. Mas para não correr o risco de ser infectado por microorganismos, o biomédico Roberto Figueiredo, da Microbiotécnica Análises e Consultoria em Higiene Alimentar, de São Paulo, mais conhecido como o “Doutor Bactéria”, do programa Fantástico (Globo), ensina: “Lave os alimentos um a um com bastante água corrente. Depois, mergulhe tudo em uma vasilha com água e hipoclorito de sódio (à venda em farmácias e supermercados) na medida recomendada na embalagem. Na falta dele, vá de água sanitária mesmo – use uma colher de sopa para cada litro de água. Deixe de molho por dez minutos e passe novamente na água corrente”.
Dica básica: prefira alimentos crus, porque eles mantêm fibras, vitaminas e minerais. E não esqueça de lavá-los bem antes
Inside Diversidade é a palavra PARA LEMBRAR QUE OPÇÕES DE FIBRAS NÃO FALTAM, VEJA ALGUNS ALIMENTOS QUE VÃO ENRIQUECER SUA MESA – E SUA DIETACevada – Pode ser misturada a sopas e caldos. Mas não se anime: cerveja não está valendo nesse caso.Milho – Aqui você pode abusar: do milho verde ao grão moído, passando por fubá, farinha de milho ou milho de pipoca, é rico em fibras e outros nutrientes.Painço – Não é só comida de passarinho. Ele pode ser usado em pães, panquecas, sopas e bolos, entre outros pratos – ou mesmo cozido, na salada.Aveia – Não custa lembrar: ela combina com quase tudo, existe em diversas variedades e reduz o colesterol. E é facilmente encontrada em qualquer lugar.

Dinheiro não compra educação de qualidade

É comum ouvirmos professores praguejando contra o neoliberalismo e a onipresença do dinheiro nos assuntos humanos. Falam sobre a importância de uma educação para a formação de valores, de cidadãos críticos etc. Só há uma notável exceção, que é quando o dinheiro em questão é aquele investido em educação e no pagamento dos próprios professores. Nesse caso, e apenas nesse caso, até os líderes dos sindicatos stalinistas defendem que a principal ferramenta para uma educação de melhor qualidade é o dinheiro. E o principal uso desse dinheiro deveria ser o aumento do salário dos professores. Se ganhassem mais, os atuais professores seriam mais motivados, o que faria com que a qualidade da educação melhorasse.

Argumento curioso, já que os professores são os primeiros a enfatizar a incrível dedicação, beirando o heroísmo, que adotam em seu dia-a-dia. Pesquisas indicam que a maioria dos professores está satisfeita em sua carreira e não pensa em abandoná-la. Quando o assunto é dinheiro, porém, eles se apresentam como desmotivados e descontentes, e apontam o vil metal como a única saída para o aprendizado dos alunos. A despeito dessa inconsistência, o argumento dos professores foi comprado pela sociedade. Em parte porque a proposição é perfeitamente lógica – melhor pagamento está normalmente associado a melhor qualidade de serviço – e em parte porque as lideranças da categoria vêm martelando o mesmo discurso há mais de vinte anos, praticamente sem opositores.

Esse discurso contaminou a sociedade e, por fim, as políticas para o setor. No começo da gestão FHC, criou-se o Fundef, que destinava 60% dos seus recursos a aumentar salários de professores. Depois de sua implementação, a qualidade da educação brasileira caiu. O governo Lula criou o Fundeb, mantendo a mesma destinação aos professores. A qualidade da educação continuou a cair. Se algum médico prescrevesse um remédio e, logo depois, a situação da saúde do paciente piorasse, este provavelmente rejeitaria o aumento da dosagem do mesmo remédio. Quando o assunto é a nossa educação, porém, o recado da realidade é constantemente ignorado em favor da teoria. Assim foi que, no começo do mês de julho, o Congresso decidiu injetar mais dinheiro na educação e mais salário aos professores. O Senado aprovou o fim da DRU para a área da educação, o que deve aumentar em 7 bilhões de reais ao ano o orçamento do MEC. No mesmo dia, aprovou também um piso salarial nacional de 950 reais para todos os funcionários da educação. Nota-se que os parlamentares tomaram essa medida pensando unicamente no aprendizado de nossos alunos: a mesma lei garante que o benefício seja estendido a funcionários aposentados e determina que o professor só pode passar dois terços de sua jornada em sala de aula.

Com exceção dessa parte dos aposentados e da diminuição do tempo de aula, o projeto tem lógica. Assim como era muito lógica a idéia de que, se as doenças se espalham pelo sangue, um bom tratamento à base de sanguessugas só pode melhorar a saúde. Assim como era lógica, óbvia!, a idéia de que a Terra é fixa e os astros a orbitam. Ou que um computador jamais conseguiria bater um bom enxadrista. Todas essas lógicas encontram apenas um pequeno obstáculo: não são verdade. A realidade encarregou-se de comprovar seu erro.

A questão do financiamento da educação não é uma área para opiniões, mas para medições. Não é preciso conjeturar sobre o impacto dos salários sobre a qualidade do ensino – basta medi-lo. E há pencas de estudos empíricos que fazem exatamente isso: verificam o desempenho de centenas de milhares de alunos em testes padronizados, computam os salários de seus professores e o volume de investimentos de suas escolas, adicionam outras variáveis de interesse – nível de educação e financeiro dos pais dos alunos, experiência do professor, infra-estrutura da escola etc. –, jogam tudo em uma ferramenta de análise estatística e medem a importância de cada variável para o aprendizado do aluno. A maioria aponta não haver relação significativa entre salários de professores e desempenho dos alunos, nem entre volume de gastos por aluno e o seu aprendizado.

Alguns dizem que o Brasil investe pouco em educação, como se essa fosse a razão de todos os nossos males. Não é verdade: nosso setor público investe entre 4% e 5% do PIB em educação, valor parecido com o investido pelos países ricos. O gasto é malfeito – vai muito para as universidades e muito pouco para o ensino básico –, mas não é pequeno. Outros argumentam que não podemos nos comparar com o que esses países fazem hoje. Precisaríamos gastar entre 7% e 8% do PIB para chegar aonde eles estão, pois é isso que os países gastam quando dão seus saltos educacionais. Desculpem a sem-cerimônia: é mentira. No período 1970-90, a Coréia do Sul gastou em média 3,5% do PIB em educação. A Irlanda, 5,6%. China, 2,3%. Hong Kong, 2,8%. Inglaterra, 4,9%. Até a Finlândia, com seu estado de bem-estar social, ficou em 5,7%. Para não ser injusto, é forçoso reconhecer que, nesse período, houve sim um grupo de países que gastou mais de 7% (os dados são da Unesco e estão disponíveis no fim desta coluna). São eles: Quênia, Namíbia, Seychelles, Barbados, Martinica, Suriname, Armênia, Azerbaijão, Jordânia, Mongólia (a campeã, com 12,9% – não é piada), Tadjiquistão, Uzbequistão, Noruega e Suécia. é desnecessário comentar.

Quero deixar claro que não acredito que o aumento de recursos para a nossa educação ou o aumento de salário dos professores vai causar um mal. Acredito inclusive que em alguns casos ele poderá fazer bem – se o MEC investir os seus recursos adicionais para melhorar a infra-estrutura de escolas que estão caindo aos pedaços e dotá-las de bibliotecas e laboratórios, por exemplo, há ampla evidência de que a repercussão sobre o desempenho dos alunos será positiva. Simplesmente não acredito que dando mais dinheiro aos professores e diretores que estão em nossas escolas hoje, sem exigir nenhuma contrapartida ou melhorar sua capacitação, nós teremos um ensino de melhor qualidade. O problema principal dos funcionários de nossas escolas não é de motivação: é de preparo. E falta de preparo não se resolve com salário, mas com mais e melhor treinamento. Alguns defendem a idéia de que um aumento de salário atrairia novas e melhores pessoas ao magistério. Que não adianta aumentar o salário dos professores em 20% ou 30%: seria necessário dobrá-lo ou triplicá-lo, para torná-lo comparável ao salário das carreiras ditas nobres. Há dois problemas com a idéia: primeiro, não tem respaldo empírico. Segundo, mesmo que seja verdadeira, o orçamento de prefeituras e municípios simplesmente não comportaria um salto assim. Há uma lei que determina que estados e municípios devem gastar 25% de seu orçamento com educação. O país hoje gasta 70% dos recursos educacionais com salário de professor. Dobrar o salário do professor significaria ocupar 35% dos orçamentos com educação. Triplicar levaria a verba a 52%. Não há estado ou municipalidade que possa arcar com essa carga. Olhando para a pesquisa em educação das últimas décadas e para a própria experiência brasileira, fica difícil acreditar que tenhamos uma educação virtuosa enquanto os bilhões de reais que gastarmos forem investidos em um sistema ineficiente, muitas vezes corrupto, e composto por pessoas que não têm o preparo necessário para exercer suas funções. A investigação sobre os efeitos dessas novas leis seria uma instigante questão acadêmica, não fosse o detalhe de que estamos falando de algo que afeta diretamente os mais de 50 milhões de alunos que povoam nossas escolas. E os seus 50 milhões de sonhos e projetos de vida que jamais verão a luz do dia, em parte pelo nosso fetiche por uma idéia que a realidade já comprovou ser falsa.

Veja

O urso não deve ser provocado

A Rússia ,que é o estado de maior extensão territorial do planeta , possui imensas reservas de petróleo e gás natural ,tem uma população de 142 milhões de habitantes, o 11º. PIB com 1.3 trilhão de dólares e o maior arsenal mundial de armas nucleares. É óbvio que não se pode considerá-la como um país declinante ou débil ,até por que sua economia cresce há alguns anos a taxas próximas de 8% ao ano.Ora, foi precisamente o que fez o governo Bush ao estimular o presidente Mikheil Saakashvili a cometer a insensatez de atacar militarmente a Ossetia e a Abkazia ,onde a população é majoritariamente russa e não deseja fazer parte da Georgia.Por que digo isso?Desde o desastre do aprendiz de feiticeiro Gorbatchov –que teve a ilusão de renovar o comunismo quando ele já estava absolutamente falido – que os Estados Unidos procuram levar a Russia a adotar os paradigmas ocidentais na política e na economia.Não o têm feito com compreensão respeitosa e paciência, mas com pressões e imposições ofendidas ante as resistências russas.Na euforia da vitória sobre a União Soviética , o presidente George Herbert Bush proclamou em 1991 o início de uma nova era de segurança e estabilidade internacionais sob a égide dos Estados Unidos.Nessa concepção, a Rússia desempenharia de início um papel semelhante ao Japão e a Alemanha no pós-guerra: países derrotados pelas armas que ficariam sob a tutela americana até serem gradualmente inseridos no veio central do Ocidente.Assim fazendo, Washington perdeu a oportunidade histórica de estabelecer com a Rússia uma robusta cooperação estratégica.Como disse Henry Kissinger em recente artigo “ sucessivos governos americanos agiram como se a criação da democracia russa fosse um tarefa principalmente americana...Por isso, uma grande maioria dos russos considera os Estados Unidos presunçosos e determinados a minar a recuperação da Rússia”.Ora , a Rússia precisa do Ocidente para obter mercados, investimentos, tecnologias e referências.Se algum ensinamento lhe ficou do naufrágio soviético foi de que o isolamento tem como preço o empobrecimento e o atraso.Mesmo que Putin e agora Medvedev estejam valendo-se do apoio popular maciço que desperta uma reação forte contra provocações externas, não creio que eles ignorem a verdade clara de que a Rússia não ganhará em fechar-se no seu perímetro. O Kremlin sabe que não pode recriar a Cortina de Ferro.Nesse sentido , incorporação da Hungria, da República Tcheca,da Polônia, da Romênia , da Bulgária e das três repúblicas bálticas à União Européia foi um desenvolvimento muito positivo para estes países mas a Rússia não considerou que houvesse nisso qualquer desafio ou ameaça.Embora a secretária de Estado Condolezza Rice seja PHD em história e especialista em Rússia , o governo Bush vem tendo uma atuação temerária na questão da Georgia.Estimulou o presidente Saakashvili a subir o tom de confrontação com Moscou, prometeu-lhe garantias que não podia honrar e ,na hora do fiasco, limitou-se a mandar aviões com doações humanitárias.É óbvio que estando envolvidas em duas frentes difíceis no Afganistão e no Iraque, as forças militares americanas não poderiam atuar contra os russos no Cáucaso.É também patente que um governo enfraquecido e terminal não poderia arriscar a eclosão de um enfrentamento com a Rússia em terreno tão desfavorável.Creio que este é mais uma iniciativa , de muitas , que os ultra-conservadores da Casa Branca articularam e que tanto têm contribuído para debilitar o poder e, sobretudo, a credibilidade americana.Não há de ser com os procedimentos que conduziram a Georgia ao recente desaire que os Estados Unidos vão estabelecer a democracia ou a independência dos países da esfera de influência russa.O motivo principal de Putin e Medvedev é preservar intacta a influência russa, é mostrar quem é a grande potência na região.Por isso, quanto mais a Rússia for provocada mais reagirá com força ,como é sua tradição há três séculos.

Oglobo