´´Observe as tendências mas não Siga a maioria`` Thiago Prado
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sábado, 27 de setembro de 2008
Russia e os Brics
NUM LIVRO DE MEMÓRIAS, ESCRITO em 1995, o ex-presidente russo Mikhail Gorbachev fez uma confidência. Disse que, quando iniciou a abertura política e econômica da então União Soviética, não foram poucos os agentes da KGB que protestaram contra a intenção de privatizar serviços públicos considerados, até então, essenciais. Vinte e três anos após a Perestroika, os agentes da KGB estão no poder, num trabalho iniciado pelo espião Vladimir Putin, que ficou oito anos na Presidência e é o atual primeiro-ministro. Além de continuar mandando no país, sua camarilha tomou conta dos negócios privados. Na Rússia, oito das dez maiores empresas concentram- se no setor energético. Delas, sete são comandadas por apaniguados de Putin. No clube dos dez bilionários russos a premissa se repete: oito são homens próximos ao ex-agente da KGB. Para esta turma – e também para boa parte da população – a economia nunca foi tão robusta e atraente. Mas para quem faz negócios, a realidade é bem diferente. Não bastassem as críticas referentes à corrupção e às falhas do sistema judicial, a Rússia voltou a mostrar a cobiça armamentista da época dos czares ao invadir a vizinha Geórgia e pôr em risco o sistema de abastecimento de gás e petróleo da Europa. “Muitas empresas vão rever seus planos de investimento na Rússia, graças à instabilidade política do país”, disse à DINHEIRO Jaime Ardilla, presidente da GM no Brasil. “Dos países dos BRIC’s, a Rússia é o único que nos preocupa”.
Do ponto de vista numérico, a Rússia está parelha aos seus companheiros da sigla, que foi criada pelo economista Jim O’Neill, da Goldman Sachs, e ainda reúne Brasil, Índia e China. De início, os US$ 28 bilhões investidos no país no ano passado estão de acordo com a realidade dos BRIC’s. O problema começa quando os números são destrinchados. Do montante russo, US$ 13 bilhões são fruto do encerramento de uma disputa entre a Shell e a estatal Gazprom. Outros US$ 5 bilhões são dinheiro vindo do paraíso fiscal de Chipre, onde magnatas russos depositam suas reservas. O resultado é que apenas US$ 9,5 bilhões teriam sido efetivamente investidos no país. “A realidade é que os estrangeiros não se sentem seguros com a Rússia”, afirma Vladimir Milov, presidente do Instituto de Política Energética de Moscou. “A força com a qual o Estado tomou conta da economia que gera dividendos, como os recursos energéticos, sufoca os verdadeiros investidores.” Uma pesquisa da consultoria suíça Rainbow Insight, que presta serviços para o Fórum Econômico Mundial, colheu as impressões de 51 CEOs de grandes multinacionais. Ela mostra que os maiores problemas enfrentados pelos empresários são, por ordem, as barreiras administrativas, a transparência nas leis, a corrupção e a ausência de um sistema judicial independente. Todos esses pontos já foram, mais de uma vez, denunciados pela OCDE como empecilhos para o desenvolvimento da Rússia. “O maior problema continua sendo a incerteza sobre as políticas de governo”, disse à DINHEIRO Blanka Kalinova, economista-sênior da divisão de investimentos da OCDE. “Há uma sensação de que o Estado pode interferir a qualquer momento num projeto que não agrade frontalmente aos seus interesses.”
Todo esse quadro se agravou com a ascensão de Dimitri Medvedev à Presidência. Por sua ordem, o Parlamento russo baixou um pacote diminuindo as garantias legais de investidores estrangeiros. Além disso, Medvedev dá sinais de que passará a decidir unilateralmente quando um investimento é considerado passível de expropriação ou não. Essas barreiras só têm aumentado a dificuldade para a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio, cujo pedido está parado na fila desde 1993. “A Rússia tem rompido acordos em uma média de dois por dia”, brinca Anders Aslund, economista do Peterson Institute for International Economics, em Washington. “Não fossem os números que tem apresentado na economia, e mesmo assim inflados pela alta das commodities, ela não estaria no mesmo grupo de Brasil e China.” Na terça-feira 23, a Transparência Internacional deu sua contribuição ao isolamento russo ao divulgar o ranking anual sobre corrupção. A Rússia apareceu mal, no 175º lugar, bem distante de seus companheiros de bloco. A Índia ficou em 85º, o Brasil, em 80º e a China, em 72º. É algo que condiz com a tradição russa de não adotar padrões internacionais. Vladimir Milov lembra que, enquanto a maior parte da Europa já vivia sob o calendário gregoriano no fim do século 18, a Rússia só adotou o modelo vigente após o fim da revolução bolchevique, em 1917. Não é o caso de esperar mais de 100 anos para ver a Rússia moldar seu sistema ao que é comumente aceito no mundo dos negócios, mas bem que a trupe de Putin e Medvedev poderia contribuir para melhorar a frágil imagem de seu país.
ISTOÉ DINHEIRO
domingo, 21 de setembro de 2008
Como aprender mais sem estudar mais
Se você é adolescente e reclama que seus pais pegam muito no seu pé por causa dos estudos, no fundo você sabe que eles estão certos em te mandar sair do computador e estudar mais. O motivo é sempre o mesmo: “se você quer ser alguém na vida, tem que estudar!” O neurocientista Wilkie Wilson, da Universidade de Duke, no Estados Unidos, diz o mesmo. Mas com uma explicação científica que não vai cheirar a implicância de pai. Ele afirma que o cérebro adolescente tem uma capacidade maior de reter informações em nível consciente. Os motivos ainda estão sendo estudados, mas ele garante que se o jovem fizer um esforço maior nesta parte da vida, irá aprender mais sem ter de estudar mais – o que soa como melodia para qualquer ouvido adolescente. “Por isso digo a eles que pensem que há apenas uma chance para deixar o cérebro super ‘antenado’. Não desperdicem”.
Para Wilson, que passou os últimos 20 anos estudando a maneira como o cérebro armazena as informações, a explicação é simples: o cérebro está em formação, e se você exercitá-lo bastante agora, os ganhos serão permanentes. Mas por exercitá-los é bom que se entenda que a ginástica cerebral não é apenas empenhar-se nos estudos. “Aprenda esportes difíceis, linguagens de computador, viaje, conheça pessoas, participe de debates“, aconselha Wilson. O esforço combinado dos estudos com experiências que exigem raciocínio e interação social permitem que o cérebro de um adolescente fique “plugado”. Os benefícios são “capacidades humanas sofisticadas”, como a habilidade para fazer várias coisas ao mesmo tempo e a capacidade de antecipar as conseqüências de fatos e das próprias ações.
O professor Wilson não quer dizer que os adultos não continuam aprendendo. Ele salienta que os jovens devem ter consciência que se exercitarem o cérebro agora, irão ter ganhos permanentes que se traduzirão em facilidade de aprendizado e clareza de pensamento por toda a vida. Os cérebros jovens têm características muito próprias que permitem este impulso na adolescência. Como jovens, explica Wilson, “eu me refiro aos adolescentes, mas também a uma pessoa até o início dos vinte anos”. A química do cérebro do adolescente é diferente da encontrada no cérebro de um adulto. Os neurocientistas acreditam que essa diferença cria um ambiente favorável à retenção das informações.
Usar a capacidade do adolescente de aceitar desafios e correr riscos de uma maneira positiva é um dos pontos-chave nas estratégias do professor Wilson para turbinar a mente dos jovens. Em vez de utilizar esse flerte com a adrenalina de forma destrutiva, como drogas e sexo irresponsável, o jovem pode ser estimulado como aprendendo coisas instigantes como esportes radicais, alguma técnica artística ou até abrindo seu próprio negócio – uma prática que o neurocientista aconselha, pois promove uma grande mudança na cabeça dos jovens em termos de responsabilidade, desempenho e até uma ambição saudável.
A tática de Wilson para convencer o adolescente é falar diretamente a eles. Além de mostrar os benefícios futuros de um esforço extra agora, ele tem um outro argumento, que não precisa de ciência nenhuma para fazer efeito. “Viva a vida, mas também se lembre que esse é o momento que você tem para estudar. É frustrante ficar mais velho e se dar conta que deveria ter jogado menos videogame para estudar mais e ter uma profissão melhor”.
Em entrevista a ÉPOCA, o professor Wilson citou sete conselhos simples os adolescentes afiarem mente e aproveitar essa oportunidade única para deixá-la afiada por toda a vida.
Vá para cama cedo – Se você pensa que seus pais te perturbam para dormir cedo porque eles são chatos, saiba que a implicância pode ter fundamento científico. O sono é importante porque dormindo as células nervosas repetem os pensamentos do dia. Ao fazer isso, elas se modificam e transportam as informações para a área de armazenamento permanente no cérebro. É como se durante o sono o cérebro gravasse um CD com as informações adquiridas durante o dia. Se o sono for interrompido, é como se retirasse o CD no meio da gravação. Não é preciso lembrar que uma noite mal dormida atrapalha a concentração e a performance no dia seguinte. E já que os adolescentes precisam dormir de nove a 10 horas por dia, vá para cama cedo para não ficar dormindo durante as aulas de trigonometria ou química orgânica.
Comece a estudar alguns dias antes da prova – Pode parecer óbvio, mas este conselho não é apenas para você dar conta de repassar toda a matéria em vez de tentar ler todo o livro de biologia em apenas uma noite. Pense no cérebro como um músculo. Ele utiliza cerca de 20% da energia de nosso corpo e aumenta o fluxo de sangue quando é intensamente utilizado, como no caso dos estudos. Os cientistas acreditam que, assim como os músculos, o cérebro produza uma série de subprodutos metabólicos quando é exercitado por muito tempo. O cérebro cansa. E assim como os músculos, o excesso de exercício prolongado pode fazê-lo não funcionar adequadamente. Se você fizer uma maratona ininterrupta de estudos, o cérebro não irá descansar e se limpar destas substâncias. O resultado: apesar do seu esforço, as informações não irão se fixar na memória. O ideal é armazená-las progressivamente, daí o cérebro relaciona de forma a informação nova com a adquirida no dia anterior.
Alimente o cérebro – Já que nossos neurônicos consomem 20% da energia do corpo, você precisa de glicose para que ele não se esgote. Mas glicose não quer dizer açúcar. O cérebro precisa de “combustível de alta octanagem”. Para conseguir dar esse gás, o professor Wilson recomenda alimentos ricos em proteínas e carboidratos complexos. Ele cita os ovos, presentes no famoso café da manhã americano, iogurte, frutas, granola e pão integral.
Exercitar o corpo é exercitar a mente – Para o professor Wilson, exercitar-se é bom para a inteligência por diversos motivos. O exercício eleva a pressão sangüínea e permite que o sangue seja bombeado por todo o corpo, inclusive o cérebro, o que garante mais atenção e foco. O exercício também libera o corpo de tensões e ansiedades, e o estresse é responsável por perda de foco e dificuldade de concentração. O exercício também tem o terceiro benefício de propiciar o nascimento de novos neurônios.
Aprenda na adolescência o que quer que seja lembrado para o resto da vida – Não se sabe se por causa da química cerebral, ou pelo fato de tudo ser relativamente novo aos olhos do adolescente – e já está provado que a mente grava as primeiras experiências e impressões melhor do que as posteriores –, o adolescente tem uma facilidade maior para reter informações. Por isso a idade é apropriada para o aprendizado de línguas, de programas de computação, técnicas artísticas ou outras habilidades que serão levadas para toda a vida.
Use a capacidade de correr riscos - As partes do cérebro que levam o ser humano a experimentar e aceitar riscos é mais desenvolvida em adolescentes. Além disso, o sistema emocional dos adolescentes está se desenvolvendo mais rápido que o sistema intelectual. Isso explica o comportamento passional dos adolescentes. Controlar e usar esse gosto pelo desafio pode deixar o adolescente mais independente à medida que o gosto por tarefas e atividades complexas seja estimulado.
Aprenda o que você ama - Existe uma parte do cérebro chamada sistema de recompensa, que registra todas as sensações boas que acontecem com a pessoa. O organismo então sempre buscará experiências que proporcionem essa sensação boa. É o chamado sistema de recompensa, o mesmo que age quando uma pessoa se vicia em algo: ele sempre quer retornar àquele bem-estar. “Se você faz ou aprende algo que te interessa muito, essa coisa faz com que seu cérebro antecipe a recompensa, e isso proporciona a ele as ferramentas que precisa: foco, atenção e uma descarga de dopamina, substância estimulante do sistema nervoso central”, diz Wilson. A liberação de dopamina proporcionada pelo sentimento de satisfação faz com que a informação seja consolidada na memória. Como os seres humanos são animais complexos, as recompensas que o cérebro busca são mais que comida, água e sexo. Tendemos a buscar a euforia de um bom negócio realizado, a satisfação de uma boa performance profissional. O ponto é que se nos interessarmos por alguma atividade, a dedicação será maior, e essa reação apaixonada é ainda maior em adolescentes.
Época
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Os grupos neopentecostais nos jogos de poder do tempo presente
Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia.
Depois, chegou até Roma e tornou-se uma instituição. Em seguida, à
Europa, e tornou-se uma cultura. E finalmente, chegou à América,e
tornou-se business.” 1
Estudar o fenômeno do neopentecostalismo no Brasil pode parecer, à Academia, uma operação descriteriosa pelo fato de intencionar dar conta de um fenômeno relativamente recente. No entanto, fazer a História do Tempo Presente significa justamente não se esquivar da análise destes acontecimentos já que estamos entrando em contato com questões reais que fazem parte do cotidiano dos homens de nosso tempo 2.
Somente amparados por esta teoria podemos encontrar um sentido para o fenômeno do progresso das igrejas neopentecostais no Brasil e no mundo. No entanto, faz-se necessário conhecermos sob quais idéias o conceito de “Neopentecostalismo” se ampara. Segundo a crença cristã, após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, os apóstolos temiam ser perseguidos e, por isto, passaram a viver escondidos. Eis que, diante do medo de evangelizar dos discípulos, Deus teria enviado sobre cada um deles, que estavam reunidos, línguas de fogo do Espírito Santo, entidade à qual se atribui o poder de inspirar e dar novo ânimo aos batizados. A partir deste fenômeno, os mesmos teriam ficado cheios de um novo ar, teriam se reavivado. Tal acontecimento se revestiu de um caráter absolutamente mágico e fantástico da manifestação do Espírito Santo, denominado Pentecostes 4. Sendo assim, se uma igreja se denomina pentecostal, evoca um “avivamento”, um entusiasmo diferenciado justamente por seu caráter divino.
O prefixo “Neo” também nos induz a pensar que teria existido um outro fenômeno precedente, que o atual buscaria reeditar. De fato, as primeiras fontes que temos em relação ao pentecostalismo no Brasil datam da década de 1960, e dizem respeito ao surgimento de igrejas protestantes que traziam muita contribuição de fenômenos similares surgidos no Estados Unidos. O pentecostalismo tradicional enfatiza em suas práticas a atualização dos dons do Espírito Santo, a inspiração pelo mesmo, o “batismo de fogo”, a conversão e libertação do mal demoníaco, um puritanismo de conduta e um distanciamento do mundo 5.
As igrejas neopentecostais se destacam a partir dos finais dos anos 1970 e se fortalecem a partir de meados dos anos 1980. Não há como definir uma marca principal ou específica do movimento, isto porque ele encarna várias facetas. Neste trabalho, iremos nos ocupar, justamente, em evidenciar as características mais polêmicas deste fenômeno que vem despertando a curiosidade dos demais grupos evangélicos 6, dos católicos e afro-brasileiros. Também a Academia tem se ocupado na análise do neopentecostalismo, ação que demanda um esforço cooperativo entre a História, a Psicologia, a Sociologia, a Antropologia e, até mesmo, a Publicidade, denotando a complexidade do terreno que pretendemos explorar.
Sendo assim, é importante esclarecer que não iremos efetuar nenhuma análise de caráter profundo em relação às conexões com as disciplinas evocadas no parágrafo anterior. Nosso intuito é de trazer à tona as principais características das quais o neopentecostalismo se reveste, o que pode trazer alguma contribuição para o entendimento do sucesso do nosso objeto de estudo no mundo contemporâneo.
Devemos mencionar que, apesar do neopentecostalismo estar concentrado em algumas grandes igrejas evangélicas, sendo elas a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Mundial do Poder de Deus, Deus é amor, Renascer em Cristo, Comunidade Sara Nossa Terra e Igreja Nacional Palavra de Fé 7, não é vertente única destas. É um modo de efetuar a leitura da Bíblia e tomá-la como respaldo para visões de mundo inéditas até então, bastante peculiares por fazer o caminho inverso ao que maioria das religiões cristãs está tradicionalmente trilhando. Podemos afirmar que este fenômeno vem contaminando o campo religioso brasileiro, já que muitas igrejas, a partir da observação da crescente adesão popular àquelas instituições supracitadas, se vêem obrigadas a oferecer uma resposta igualmente competitiva aos desafios impostos pelos neopentecostais. As grandes divisões no seio deste movimento protestante de resposta acabam por produzir também diversos matizes, por vezes concorrentes, do neopentecostalismo.
As análises sobre o nosso objeto justificam seu crescimento como resultado da transformação e acentuação do processo de urbanização, industrialização e anomia social. Ele se apresenta com liberalidade nos costumes e espaços mais elásticos na ética, ambiente ideal para a classe média na fuga do policiamento das igrejas pentecostais. Na maioria dos casos, são igrejas que surgiram de forma autônoma, como um projeto pessoal, e a falta de tradição abre caminho para uma amplitude “dogmática” 8 que conduz a uma facilidade na adequação dos discursos a fins específicos. Outro caráter que ocasiona a pulverização destas igrejas é a tendência de gerar grandes personalidades, “lideranças carismáticas” 9 que imprimem suas marcas de modo a oferecerem barreiras à formação de uma estrutura eclesiástica nacional, produzindo um “caciquismo”, um esfacelamento em “Ministérios” 10.
No entanto, até agora tratamos somente de aspectos mais estruturais do nosso objeto, aqueles que menos incitam polêmicas. O centro dos debates se encontra, naturalmente, nos paradigmas da espiritualidade próprios a esta tendência. Para que compreendamos todos eles, precisamos conhecer a partir de qual pressuposto o neopentecostalismo age. A Teologia da Prosperidade, surgida nos EUA, prega que a pobreza é de origem demoníaca e que o verdadeiro Deus, que seria um pai amoroso e rico, teria a vontade de ver seus filhos sadios e prósperos. Aquele que vive excluído deste plano de riqueza estaria fora dos propósitos divinos.
Todo aquele que crê nesta doutrina teria o direito de exigir de Deus a realização imediata de seus anseios devido à promessa de aliança feita com Ele, a partir da morte sacrificial de Jesus. Deste modo, Deus estaria obrigado a resolver os assuntos de saúde, de riqueza e de felicidade daqueles filhos que manifestassem fé incondicional 11. No entanto, esta incondicionalidade da fé se manifesta na oferta de dinheiro, que deve ser generosa na proporcionalidade da graça que se deseja receber. A oferta é feita na lógica do sacrifício, e não da compra da benção, o gasto com o sagrado não deve ser medido 12. Sendo assim, podemos afirmar que há o deslocamento do sentido do dinheiro, que, historicamente visto como algo impuro, assume aqui o papel de realizador da mediação com o sagrado 13. E mais, obedece a parâmetros quantitativos, já que a chance de receber a graça depende do valor ofertado.
“[...] a prosperidade, cuja idéia central é de que a pobreza é o resultado da falta de fé ou de ignorância. O princípio básico da prosperidade é a doação financeira, entendida não como um ato de gratidão ou devolução a Deus (como na teologia tradicional), mas como um investimento. Devemos dar a Deus para que ele nos devolva com lucro” 14
Com a máxima “Pare de sofrer”, os neopentecostais tomam para si o poder de liquidar os problemas dos fiéis, desde os mais simples até os aparentemente de maior complexidade, como a expulsão de supostos demônios. Consideram-se detentores dos meios legítimos de resolução milagrosa das angústias dos seres humanos. Ao contrário de supervalorizar temas bíblicos tradicionais como o sacrifício e a humildade, o privilégio é dado à valorização da fé em Deus como escada para alcance de saúde física, mental e financeira 15. Deste modo, podemos verificar que a Teologia da Prosperidade dá à classe média a identificação com os neopentecostais. O neopentecostalismo é um fenômeno de adaptação da sociedade moderna à lógica de onde parte o princípio de que tudo se vende e se compra.
Como conseqüência da fé enquanto via de superação dos problemas cotidianos, o neopentecostal desescatologiza a história. O encontro transcendente com Deus é via de cura para os problemas que oferecem resistência ao sucesso do crente em sua vida terrena. E é nisso que reside a grandiosa adesão a esta corrente doutrinária: a teologia não combate os aspectos mais negados por outras religiões relativos às relações sociais. O jornal “O Mensageiro da Paz”, da Assembléia de Deus, condena. Enquanto a Folha Universal, da IURD, ensina o uso de cosméticos, atualiza as últimas tendências da moda e fala de celebridades e comportamento.
Tal “informativo”, com uma tiragem que varia de 2.500.000 a 3.000.000 de exemplares, é distribuído gratuitamente em locais de grande movimento, como a estação de trens urbanos Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Estrategicamente, o jornal, os programas de televisão e rádio, além dos livros lançados 16, agem como captadores de grupos de pessoas insatisfeitas, na atração para a possibilidade de sucesso a partir da experiência religiosa.
A ênfase na realização de milagres mediados pelas igrejas, a partir de rituais abundantemente emotivos, é dada na divulgação intensa de testemunhos públicos naqueles meios midiáticos de domínio das igrejas. Esta prática é fruto da sensibilidade das mesmas em captar desejos dos fiéis, capacidade que a Igreja Católica não tem, já que não dedica lugar em sua doutrina para a importância da situação financeira de seus adeptos. Desta forma, o neopentecostalismo produz um reencantamento com o mundo por inserir a religião na sociedade, e se centrar na imediatização das respostas aos sofrimentos dos fiéis, independente de serem de ordem espiritual, afetiva ou financeira 17.
Se concebermos “marketing” enquanto tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes 18, podemos, sem maiores constrangimentos, afirmar o caráter marketeiro das instituições neopentecostais. A produção de serviços mágicos 19 para atender aos problemas dos fiéis relativos aos males da sociedade moderna instaura um mercado religioso de compensadores 20.
“A IURD como empresa religiosa sempre soube, desde seu início, na figura caris¬mática de seu líder maior, Edir Macedo, utilizar as mais modernas técnicas mer¬cadológicas de convencimento, tendo consciência de que, na sociedade de consumo, o êxito de qualquer empre¬endimento depende diretamente da satisfação das necessidades do público consumidor.” 21
Podemos concluir que tal caráter abre caminho para uma aceitação e incentivo ao prazer de viver bem, de desfrute do corpo saudável e da riqueza para benefício próprio. neopentecostalismo perdeu no caminho o tradicional mal estar do cristão no mundo. O mundo não é algo estranho, ambiente de sofrimento e aprimoramento espiritual para o alcance do céu como recompensa. Uma vida próspera é sinalizadora de profunda comunhão com um Deus de opulência, graça que só se alcança através de grandes sacrifícios pessoais medidos na generosidade da oferta em dinheiro. O ambiente eclesiástico deve estar revestido de atmosfera de grandiosidade, vide o tamanho dos templos, e de festividade, produzindo o que podemos chamar de “religião de espetáculo”, onde os aparatos midiáticos têm grande peso.
Por este discurso, na contramão dos tradicionais aspectos doutrinários do cristianismo, é que as igrejas neopentecostais são alvo de estudos acerca dos limites da ética no campo religioso. Até que ponto seria legítimo a uma corrente religiosa estabelecer seus dogmas e praticá-los com autonomia? Haveria necessidade e viabilidade do estabelecimento de códigos de ética religiosa? Seria legítimo enquadrar as religiões em tais códigos? A questão da liberdade religiosa indica que qualquer tentativa de limitação traria mais problemas que soluções a questões éticas que incomodam setores religiosos, que se sentem ameaçados diante das proporções que as igrejas neopentecostais vêm assumindo.
Os surpreendentes níveis de adesão às tendências neopentecostais se devem à necessidade da escolha, por parte dos fiéis, de visões de mundo e discursos religiosos que estejam em melhor sintonia e imprimam novo sentido à sociedade atual. O neopentecostalismo captou esta necessidade e produziu um discurso, e apropriação da magia 22, que dão conta desta obsessão por sucesso e ascensão urgentes, intolerância ao sofrimento, fracasso e pobreza 23.
Sendo assim, as igrejas neopentecostais usam das possibilidades operacionais oferecidas pelos recursos informatizados e midiatizados para oferecer às pessoas espaços alternativos de identificação. As relações estabelecidas, bem como as práticas, marcam um grupo que se constitui como um código novo de identificação dos indivíduos nos jogos de poder atuais, e se destaca justamente pelo êxito com que administra sua posição no jogo, questionando a posição dos outros jogadores.
2 Ver: LEÃO, K. Ver e não ver: paradigmas das teorias do tempo presente. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica Boletim do TEMPO, Ano 3, Nº14, Rio, 2008 [ISSN 1981-3384]
3 Ver: MEDEIROS, Sabrina Evangelista. Desafios do Tempo Presente: Relações geopolíticas, fluxos internacionais e métodos contemporâneos para a análise da contemporaneidade.. Rio de janeiro: Revista Eletrônica Boletim do TEMPO, ano 2, n. 29, 2007.[ISSN 1981-3384]
4 Ver Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos do 1 ao 12 e do 26 ao 28.
5 Verificar o trabalho de Ari Pedro Oro de título: Neopentecostalismo: Dinheiro e Magia, encontrado no sítio eletrônico : http://www.unesco.org.uy/shs/fileadmin/templates/shs/archivos/anuario2002/articulo_14.pdf no dia 05 de setembro de 2008.
6 Conforme podemos conferir em sites evangélicos como www.lideranca.org , www.ministeriofama.org , www.caminhocristao.com, acessados em 05 de setembro de 2008. Neles vemos fóruns de discussão, artigos e postagens que evidenciam o mal estar evangélico com os excessos neopentecostais.
7 Ver FRESTON, Paul. “Breve história do pentecostalismo brasileiro”. In: ANTONIAZZI, ª (Org.). Nem anjos, nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo. Rio de janeiro: Vozes, 1994, p.51.
8 Usamos a palavra “dogmática” por falta de palavra melhor. Mas é necessário que se entenda que em nada tem a ver com os dogmas no sentido usual da Igreja Católica. A referência quer remeter a crenças formuladas no bojo do movimento que se tornam próprias dele.
9 No conceito weberiano do termo.
10 Ver ALENCAR, Gedeon. Protestantismo Tupiniquim.Encontrado em: www.arteeditorial.com.br/ebook/download/protestantismo%20cap%206.pdf no dia 05 de setembro de 2008. O site se dedica à publicações protestantes, e o livro, principalmente no capítulo intitulado “Neopentecostalismo e sua adequação cultural”, busca demonstrar como características culturais caras aos brasileiros influenciaram na peculiaridade deste movimento no Brasil. A publicação, apesar de absolutamente tendenciosa, traz para o debate aspectos consideráveis, como o personalismo, que agora discutimos.
11 Ver: A ‘Guerra Santa’ de evangélicos contra o neopentecostalismo, de Airton Luís Jungblut, acessado nos site http://www6.ufrgs.br/seer/ojs/index.php/debatesdoner/article/viewFile/2688/1504, dia 05 de setembro de 2008.
12 Ver MARIZ, Cecília. “El debate em torno Del Pentecostalismo autônomo em Brasil”. In: Sociedad y Religión . Buenos Aires: n° 13, março 1995, 21-32, p. 28.
13 Conforme aborda Ari Pedro Oro no trabalho já citado.
14 FRESTON, Paul. “Breve história do pentecostalismo brasileiro”. In: ANTONIAZZI, A. (Org.). Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do pentecostalismo. Rio de Janeiro: Vozes, 1994. (apud MORAIS, Ubirajara Índio do Brasil Mendes de; FIGUEREDO, Larissa Zeggio Perez; ZANOTTA, Egydio Barbosa. “Igreja Universal do Reino de Deus e marketing religioso”. Revista Gerenciais. v. 3, p. 53-62. São Paulo: UNINOVE, out. 2004.
http://www.uninove.br/ojs/index.php/gerenciais/article/viewFile/51/38, acessado no dia 05 de setembro de 2008.)
15 Ver MARIANO, Ricardo. Neopentecostalismo: os pentecostais estão mudando. USP, São Paulo, 1995. (dissertação de mestrado).
16 De acordo com a Revista Veja de 3 de novembro de 1999, na reportagem de título: “O milagre do caixa da Universal”, a Igreja, presente em 70 países, é dona de 20 emissoras de televisão, de um jornal semanal dedicado ao combate da Igreja Católica, uma dezena de empresas de variados setores como o financeiro, construção civil e gráfico.
17 Ver MORAIS, Ubirajara Índio do Brasil Mendes de; FIGUEREDO, Larissa Zeggio Perez; ZANOTTA, Egydio Barbosa. “Igreja Universal do Reino de Deus e marketing religioso”. In: Revista Gerenciais. v. 3, p. 53-62. São Paulo: UNINOVE, out. 2004.
http://www.uninove.br/ojs/index.php/gerenciais/article/viewFile/51/38, acessado no dia 05 de setembro de 2008.
18 Definição de KOTLER, P. Administração de marketing: a edição novo milênio. Trad. Bazar Tecnologia e Lingüística. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
19 Podemos perceber que o quadro doutrinário do movimento está imbuído de matizes do catolicismo popular por acreditar no mau olhado e inveja, das religiões afro por operarem o descarrego e do protestantismo por utilizarem a figura do pastor, o discurso da prosperidade e do reavivamento da fé. Por usar, com um forçoso relativismo, inúmeros elementos de outras religiões num sincretismo chamado de “antropofagia religiosa” por alguns estudiosos, é que estas igrejas sofrem ataques das outras instituições.
20 Ver a obra de FRIGERIO, Alejandro (1998) El futuro de las religiones mágicas en Latinoamérica. Trabalho apresentado na mesa redonda “O futuro da religião”, nas VIII Jornadas sobre Alternativas Religiosas na América Latina, São Paulo, 22 a 25 de setembro. In: ORO, Ari Pedro. Neopentecostalismo: Dinheiro e Magia. Acessado no sítio eletrônico : http://www.unesco.org.uy/shs/fileadmin/templates/shs/archivos/anuario2002/articulo_14.pdf
no dia 05 de setembro de 2008.
21 BAZANINI, Roberto. Comunicação semiótica. São Paulo: PUC-SP, 2001, p.34.
22 Vide a prática da venda de bens de salvação, óleos milagrosos, correntes contra encostos, amuletos da prosperidade, perfumes da bênção e bíblias do sucesso financeiro.
23 Aqui, em concordância com os estudos de Henrique Figueiredo Carneiro e Clauberson Sales do Nascimento Rios. Ver : O neopentecostalismo e os novos discursos religiosos contemporâneos, acessado em http://www.polemica.uerj.br/pol20/oficinas/artigos/lipis_4.pdf, dia 05 de setembro de 2008.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Como ser Batman
O canadense Paul Zehr é um apaixonado por quadrinhos e devorou tudo o que existe sobre Batman. Ele não seria mais do que um fã fervoroso se não fosse doutor em neurociências. Zehr decidiu usar seus conhecimentos de neurologia e cinesiologia - a ciência que estuda os movimentos humanos - para escrever o livro Becoming Batman, sobre como se transformar no super-herói. Para o canadense, é possível aproximar-se das habilidades do Cavaleiro das Trevas. "Ele não ganhou super-poderes por meio de mutações, picada de insetos radioativos ou porque nasceu em outro planeta. Ele é apenas um homem muito bem treinado”, diz o pesquisador, que também é professor na Universidade de Victoria, no Canadá.
Na obra, que será lançada em outubro nos Estados Unidos pela editora da Universidade John Hopkins, Zehr especula o que seria necessário para um homem comum se tornar um Batman e conclui que tal façanha é para poucos. “Somente uma pessoa muito especial - com uma predisposição genética específica, acesso a treinamentos adequados, recursos ilimitados para levar os treinamentos adiante e, principalmente, a motivação para ir em frente - conseguiria chegar lá”, afirma. No caso de Batman, a força para persistir foi ter presenciado, aos 13 anos, o assassinato dos próprios pais em Gotham. O evento fatídico levou-o a peregrinar pelo mundo, reunir forças e voltar para limpar a escória da cidade.
O professor joga um balde de água fria em quem esperava um caminho rápido e fácil até a Batcaverna. “Não há como fazer uma lista do tipo 'Transforme-se em Batman em 10 passos simples'”, diz Zehr. Mas ele dá pistas do que faz alguém chegar mais próximo do Cavaleiro das Trevas.
A primeira é se esmerar no treinamento físico. Ele tem que ser intenso para garantir condicionamento para agüentar os trancos que o herói enfrenta diariamente. Um aspirante a Batman precisa ter força e agilidade para fazer movimentos precisos, como uma acrobacia para não despencar do alto de um arranha-céu enquanto não usa uma das bugigangas salvadoras que carrega em seu cinto de utilidades.
“Muitas histórias dizem que o Batman é o melhor em tudo. Ele é o atleta mais bem treinado que existe, mas ele não é o melhor em nada específico - a não ser em ser ele mesmo”, afirma o pesquisador. Segundo Zehr, é fisiologicamente impossível ser o melhor em tudo. É por isso que um campeão dos 100 metros rasos não teria muitas chances de ganhar uma prova de longa distância. As adaptações que o corpo faz para resistir à fadiga da explosão ou de uma maratona são completamente diferentes. O velocista depende de enormes músculos para render 100% por um breve período. O maratonista precisa de músculos menores, mas capazes de render 80% por longos períodos.
Isso significa que, se Batman disputasse uma olimpíada, ele não chegaria em primeiro lugar nem na prova dos 100 metros nem na maratona. Mas seria capaz de obter a segunda colocação nas duas provas.
“Se eu fosse técnico do Batman, ele disputaria o decatlo”, afirma Paul Zehr. Para quem não sabe, o decatlo é uma das provas mais difíceis do atletismo. Realizada em dois dias, a competição, como o nome diz, engloba dez disputas: 100 metros rasos, salto em distância, lançamento de peso, salto em altura, 400 metros rasos, 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1500 metros.
O treinamento pesado provocaria mudanças fisiológicas extremas no corpo do candidato a herói. Os músculos se tornariam mais fortes e contrairiam mais rapidamente. Ele seria capaz de ativar um número maior de músculos e por um tempo superior. Até os ossos se tornariam mais densos e, portanto, menos vulneráveis a fraturas. A realização de exercícios tão extremos levaria, segundo o cientista, de três a cinco anos.
Além de ganhar força e resistência, com o treinamento, o "futuro Batman" conseguiria ter uma compreensão ampliada de seu corpo e dos movimentos corporais. “Uma das características mais marcantes de Batman é a ampla compreensão do posicionamento de seu corpo no espaço. Ele tem a habilidade de perceber o movimento no tempo, algo que a ciência estuda em atletas”, explica Zehr. Os acrobatas são capazes de calcular a força e a velocidade para que determinado salto ou movimento tenha a trajetória esperada. Os jogadores de futebol não vêem o lançamento da bola, mas podem antever onde ela chegará. “É como se eles obtivessem a informação sobre o movimento mais rapidamente que os outros, como se o sistema nervoso se tornasse mais eficiente".
A ginástica olímpica também seria útil para um aspirante a homem-morcego pular de grandes alturas e dar cambalhotas para escapar dos inimigos. O senso desses movimentos seria ainda mais apurado com a prática de artes marciais. Por isso, para Zehr, saber lutar é outro ponto fundamental no treinamento do herói.
Todos temos a capacidade de perceber o posicionamento de nossos braços, pernas e de todo o corpo. Essa sensação inconsciente de movimento nos músculos e juntas do corpo é ampliada pelo treinamento. Atletas de elite, em particular aqueles que combinam movimentos precisos com movimentos vigorosos, como ginastas e lutadores, têm um elevando senso de movimento e consciência corporal.
Nas histórias, já foi dito que o homem-morcego sabe 127 tipos de lutas. Elas são importantes na segunda fase do treinamento para se transformar no herói. Nessa segunda etapa, o aspirante deve adquirir habilidades específicas para lutar contra o crime. Além de chutes, socos, ele precisa saber alguns golpes de certas lutas, como agarrar e arremessar adversários. “Tudo com uma dificuldade extra: como o Batman é um herói, ele não mata seus adversários. Golpear com precisão para apenas desmaiar o oponente exige treinamento e técnica”, diz Zehr.
Para chegar a esse estágio, o genérico de Batman precisa treinar de 12 a 15 anos. Como esse treinamento pode ser feito simultaneamente ao do condicionamento físico, se o aspirante começar aos 13 - idade em que o herói dos quadrinhos viu os pais morrerem e jurou vingança -, ele só estaria suficientemente bom aos 28 anos. Mas ainda não estaria pronto para sair às ruas salvando pessoas.
Um batman tem de ser tão bom que não pode dar-se ao luxo de perder. A derrota para Batman significa morte. Por isso, seu treinamento só estaria concluído depois de um estágio na profissão. “Calculo que ele precisaria de outros seis anos para adquirir confiança e precisão para agir sob pressão e ter um desempenho impecável, defender a si mesmo, proteger Gotham e nunca perder”, afirma o cientista.
Fazendo as contas, levaria 15 anos para se transformar no Cavaleiro das Trevas - isso na melhor das hipóteses. Desistiu? Essa era a parte fácil na transformação em super-herói. “Mais difícil que se tornar Btaman, é manter-se Batman”, diz o neurocientista. É tarefa ingrata trabalhar todas as noites, sair no braço com um monte de bandidos e ainda manter a pose de playboy durante o dia. Imagine anos e anos combatendo vilões. As seqüelas não são mostradas nos quadrinhos, mas não se pode esquecer que Bruce Wayne é um humano agindo como herói.
Os pontos mais inverossímeis, e por isso mais obscuros, da trajetória do Cavaleiro das Trevas seriam as conseqüências traumáticas que sua rotina de heroísmo proporcionaria. Se Batman trabalha à noite, quando ele dorme? O seu relógio biológico só agüentaria a pressão se ele de fato trocasse o dia pela noite. Mas isso não acontece, já que Wayne é figurinha recorrente nos acontecimentos diurnos de Gotham City.
Um outro problema na carreira de Batman é que ele sempre vence seus adversários, mas, para não deixar as platéias com sono, precisa levar algumas pancadas antes de pôr os super-vilões para dormir. Mesmo se a máscara com chifrinho for considerada um capacete, não há cabeça que agüente tanto impacto. Nem ossos que resistam à chutes, pauladas, marretadas e todos os objetos duros e pesados que arremessam contra ele. Na vida real, Batman colecionaria lesões e concussões que o mandariam para o chuveiro rapidinho. A menos que ele parasse de fazer charme e desmontasse os bandidos de primeira.
A vida útil da carreira do herói seria curta. Aos 55 anos, já estaria mais do que na hora de passar o bastão. Além de todos os traumas acima, ele lutaria com adversários cada vez mais jovens. Aparentemente, todo desempenho cai com o chegar da idade. E são tantos bandidos ao mesmo tempo que nem suas habilidades de estrela das artes marciais o salvariam.
Nem anabolizantes ajudariam o homem-morcego a prolongar a carreira. Apesar de ele ser um pouco sombrio e vingativo para se encaixar no estereótipo clássico de herói bonzinho, ele não faz coisas erradas. Segundo Zehr, Wayne até tomou esteróides, involuntariamente, em uma série de quadrinhos de 1993. Mas ficou tão abalado com os efeitos colaterais que parou rapidinho.
De fato, a rotina é muito dura e os resultados, incertos, para atrair uma legião de aspirantes a Batman. Mas, de acordo com Zehr, o intuito de seu livro não é criar uma legião de heróis, mas popularizar a ciência. “Creio que cientistas como eu têm o dever de se esforçar um pouco mais para traduzir nossa ciência em termos que sejam interessantes e acessíveis ao público em geral”, justifica.
Fonte: Épocasegunda-feira, 8 de setembro de 2008
A Guerra Fria está de volta
DEZESSETE ANOS APÓS A QUEDA DA União Soviética, o mundo voltou a ver uma demonstração do poderio militar da terra dos czares. A seqüência de bombardeios que destruiu Tbilisi, capital da Geórgia, desde a quinta-feira 7, mostra que a Rússia decidiu retomar sua faceta de potência mundial, abalada desde os tempos de Boris Yeltsin. Em uma estratégia moldada pelo ex-presidente Vladmir Putin, o Kremlin aproveitou o conflito gerado pelo nacionalismo do presidente georgiano Mikhail Saakachvili para alcançar dois objetivos de uma só vez: mostrou que ainda é a voz preponderante na região do Cáucaso e também assegurou a dependência européia do petróleo e gás que passam pelos territórios dominados pelo antigo Exército Vermelho. Em menos de três dias de confronto, mais de dois mil civis morreram na região separatista da Ossétia do Sul. “A Rússia quer voltar a exibir os músculos que teve no passado”, disse à DINHEIRO Edward Lucas, autor do livro The New Cold War (A Nova Guerra Fria), sobre o recrudescimento do império russo sob as mãos de Putin. “Com os Estados Unidos em crise, os russos aproveitam a situação para voltar ao topo.”
A raiz do conflito na Geórgia está ligada às relações entre o presidente Saakachvili e os Estados Unidos. Desde a Revolução das Rosas, em 2003, os americanos se tornaram mais próximos, dando assistência financeira e fazendo investimentos importantes no país. Saakachvili estudou nos Estados Unidos e foi o primeiro presidente de uma ex-república soviética a receber um líder americano. A ambição americana chegou ao campo militar com a intenção de construir bases antimísseis na República Tcheca, na Polônia e na Geórgia. Foi essa ligação que, aos olhos de Saakachvili, o habilitava a enfrentar os separatistas da Ossétia. Ledo engano. “Os georgianos só fizeram isso porque tiveram o sentimento de serem apoiados por uma força maior”, escreveu o expresidente soviético Mikhail Gorbatchev no The Washington Post. Em um pronunciamento feito após o rompimento do cessarfogo acordado com a União Européia, George W. Bush exortou os russos a recuar. A resposta veio dura e ao estilo soviético, evidenciando, novamente, o fracasso da política externa de Bush.
Também desta vez, o conflito tem suas raízes na questão energética A Geórgia não possui sequer um poço de petróleo. Mas as companhias de energia ocidentais apostaram no país pró-ocidental, situado entre o Irã e a Rússia, para instalar uma rede de dutos que garantissem uma alternativa à dependência do Oriente Médio. São 1.768 km de tubulações ligando as reservas do Azerbaijão ao porto turco de Ceyhan, no Mar Mediterrâneo, que despejam 1,2 milhão de barris de petróleo por dia nos terminais, de onde é embarcado com destino ao Ocidente. A British Petroleum possui 30% desta infra-estrutura, cuja construção custou US$ 3 bilhões, ao lado de dez outros parceiros, entre eles os grupos americanos Chevron e ConocoPhillips. Garantir o transporte é vital tanto para a União Européia, que depende do combustível, quanto para os EUA, que investiram rios de dinheiro por ali. Mais ainda para a Rússia, que busca legitimar sua volta ao primeiro time de potências.
fonte: Istoé
sábado, 6 de setembro de 2008
Datas,fatos e pessoas que cairão no vestibular 2009
Carlos Drumond de Andrade
D.Jõao VI no Brasil
Matir luter king
1968 - mtas coisas brasil,frança,eua (queda de salazar em potugual)
200 anos policia civil rio de janeiro
160 anos do manifesto comunista
143 anos da revolução farroupilha
120 anos da abolição da escravatura
100 anos da imigração japonesa
100 anos do nascimento de santos dumond
100 do nascimento de guimarães rosa
90 anos gripe espanhola
90 anos da primeira guerra mundial
90 anos de Nelson Mandela
61 anos de independencia da india
60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
60 anos da criação do estado de israel
50 anos no espaço Lançamento do satélite soviético Sputnik
50 anos bossanova
50 anos da copa de 58
48 anos de brasilia
40 anos da revolução chinesa
30 anos bebe de proveta
20 anos da constituição de 88
terça-feira, 2 de setembro de 2008
O Windows é Seguro?
O Windows, desde as suas primeiras versões, por ter nascido a partir do DOS, sempre foi um sistema operacional (SO) inseguro. Quem conhece o Unix ou Linux sabe que se deve usar o SO preferencialmente com uma conta de direitos limitados, para reduzir as chances de se "fazer besteira".
No Windows, quem já tentou usar o micro com uma conta de direitos reduzidos pôde constatar que isso é impraticável, pois os próprios aplicativos desenvolvidos exigem com freqüência que o usuário tenha direitos de administrador.
No Windows Vista o suporte ao uso de contas com direito restrito foi melhorado e agora já é possível a operação do PC dessa forma.
Entretanto, para os milhões de usuários que ainda não migraram para o Vista e que não o farão tão cedo devido às altas exigências de hardware, segue algumas dicas que irão "blindar" a sua máquina.
Todas as sugestões a seguir utilizam softwares gratuitos e em português (a maioria, pelo menos) ou técnicas fáceis de implementar. Se as dicas forem seguidas corretamente, as chances de você ter seu micro invadido são mínimas.
Mantenha o Seu Anti-Vírus Atualizado
Existem excelentes opções de anti-vírus gratuitos e entre elas podemos destacar o Avast (meu preferido). Entretanto, tão importante quanto usá-lo, é mantê-lo atualizados. Como quase uma dúzia de novos vírus, spywares e trojans aparecem diariamente, é importante que você habilite a atualização automática de seus anti-vírus.
Complemente Com Um Anti-Spyware
Apesar de alguns anti-vírus bloquearem boa parte dos spywares, usar programas específicos para essa tarefa aumenta a sua segurança. Minha sugestão é usar o Spyware Terminator e/ou o Spybot Search & Destroy. Ambos são grátis, possuem interface em português e são melhores que boa parte dos concorrentes pagos.
Use Um Bom Firewall
Apesar do Firewall do Windows XP não ser dos melhores, ele tem a vantagem de ser menos intrusivo, ou seja, dificilmente você vai notá-lo em ação. Para os que querem mais segurança e controle sobre os programas que tentam acessar a sua máquina ou que tentam enviar dados do seu computador para outros sites, uma boa pedida é escolher um dos a seguir: Comodo, Zone Alarm ou PC Tools (Infelizmente, estão em inglês).
Aplique os Services Packs Automaticamente
Mantenha a atualização automática do Windows ativada. Assim, quando a Microsoft disponibilizar alguma correção para o Windows, você terá a mesma instalada em seu computador logo em seguida, o que diminui as chances de algum ataque usando as vulnerabilidades corrigidas.
Troque o Internet Explorer pelo Firefox
Em conversa com o engenheiro de uma empresa de segurança da informação a cerca de 2 anos atrás, ele me informou que cerca de 80% dos vírus criados para roubar senhas de bancos só funcionam no Internet Explorer. Ou seja, se você usa o Firefox, as chances de ser atacado diminuem consideravelmente. Não esqueça que, mesmo usando um anti-vírus, as vacinas são criadas somente alguns dias após a descoberta do vírus. Se você tiver azar de acessar um site que disponibiliza um spyware que ainda não foi descoberto, será infectado impiedosamente. Com o Firefox, suas chances de ficar seguro aumentam consideravelmente...
Não Abra Documentos a Partir do Email
Com freqüência lemos na mídia especializada sobre ataques realizados por crackers a partir de falhas encontradas em softwares de email ou mesmo de browsers. Como isso ocorre? Os crackers usam scripts maliciosos para explorar vulnerabilidades não corrigidas e invadir a sua máquina. Para reduzir as chances do ataque ser bem sucedido, não abra os documentos anexos diretamente do seu email. Procure salvá-lo no seu HD e somente abri-lo a partir daí. Como o comando de abertura do documento não parte do seu browser, os scripts não terão efeito. Essa regra é válida para documentos do Word, PDF, PowerPoint, Excel, etc. No caso de programas executáveis, não execute os mesmos em hipóteses alguma (mesmo se enviados por alguém conhecido).
Não Instale Programas de Origem Duvidosa
A internet está cheia de "programinhas" maravilhosos e gratuitos, como salvadores de telas, jogos, etc. Só instale esses aplicativos se partirem de sites que você confia. Muitos spywares e vírus são distribuídos desse modo. Dessa forma, veja se os programas são referendados por alguma revista importante, como a Info, a PC Magazine , PC World, etc.
Não Deixe As Senhas Pré-Gravadas
Na maioria dos sites, quando você digita a sua senha, o seu browser pergunta se deseja memorizá-la. E como é muito mais cômodo não ter que digitar seu usuário e senha toda vez que acessa o site, muitos escolhem deixar o browser registrar a senha. Não faça isso (pelo menos para aqueles que possuem informações importantes, como o seu webmail)! Apesar dessa informação ficar criptografada no seu HD, uma pessoa que tiver acesso físico ao seu micro, poderá ter ver informações que você não quer compartilhar.
Não Acesse Sites Bancários a Partir de Lan-Houses
Quando se está viajando, é comum termos que usar o PC do hotel ou de uma lan-house para acessar a nossa conta bancária. Procure evitar isso ao máximo. Como praticamente todos os bancos oferecem um tele-banco com um número 0800, use esse serviço quando em viagem. Caso seja inevitável o uso do internet banking para alguma operação, troque sua senha tão logo retorne para sua cidade. Apesar de ser um contratempo para você, ter seu dinheiro roubado da conta pode ser mais desagradável ainda...
Use Drives Criptografados
O Cryptainer é um aplicativo muito interessante: ele cria um drive virtual criptografado e completamente inviolável. Quando você liga seu micro, você terá que informar uma senha especial e somente depois disso o seu drive irá "aparecer". Se alguém que usar o seu micro não tiver essa senha, não conseguirá acessar esse "drive". O Cryptainer cria um arquivo binário gigante com todos os seus dados e quando carregado, "engana" o sistema operacional fazendo-o pensar que se trata de uma espécie "pen-drive". Assim, se você quiser fazer backup de suas informações, basta gravar no seu DVD esse arquivo e restaurá-lo em qualquer máquina se necessário.
Use o CCleaner
Veja a matéria sobre o CCleaner aqui. Apesar de não estar ligado diretamente à segurança (ele exclui cookies e outras informações sobre a navegação em sites, limpa o registro do Windows, remove arquivos inúteis, etc.), vai melhorar o desempenho do seu equipamento.
As dicas acima, apesar de não tornarem o seu PC inviolável, vão trazer muito mais segurança ao seu dia-a-dia. E como pode ver, são ações bem simples e que irão livrá-lo de várias dores-de-cabeça.
Em tempo: para os que conhecem um pouco mais de informática, vale a pena avaliar a possibilidade de usar alguma versão do Linux, como o Ubuntu. Esse sistema operacional é infinitamente mais seguro que o Windows e está cada vez mais fácil de utilizar...
Salada de bits
Orientações a pais,professores e alunos
Débora Thomé
Quem deseja estar em uma boa universidade no ano que vem deve ficar atento a uma série de dicas que facilitarão o ritmo de estudos até o início da maratona de provas. Professores especializados em preparar estudantes para o vestibular acreditam que esse 'start' deve acontecer o mais cedo possível, porque em um ano tão decisivo, não basta apenas estudar; é preciso disciplinar uma nova rotina de vida.
A diretora e coordenadora do Instituto Saber, psicóloga Márcia Rezende, explica que o vestibular é um concurso, como outro qualquer: são aprovados os mais bem preparados. Para isso, é preciso transmitir ao aluno não só uma capacitação técnica, mas também física e psicológica. Esses três requisitos, segundo Márca, fazem com que, conforme o tempo vai passando, o estudante se torne cada vez mais autoconfiante.
“No entanto, não dá para ganhar autoconfiança sem uma disciplina diária”, afirmou.
A rotina considerada ideal para os vestibulandos seria: aulas pela manhã, almoço, revisão e estudo das matérias vistas no dia (durante pelo menos quatro horas), atividade física e/ou lazer (de preferência até as 22 horas). O sono é outro fator fundamental que precisa ser respeitado de acordo com a necessidade de cada pessoa.
A psicóloga Adriana de Araújo, da We Care, enumera algumas atitudes que podem auxiliar o estudante antes do vestibular a manter o controle emocional:
- Na reta final do vestibular, é comum querer compensar tudo o que deixamos de estudar. Se até aqui você estudava de duas horas por dia, este não é o momento para aumentar a carga para 24 horas de estudos;
- Estude e acredite em você e no seu potencial. Faça o melhor que puder;
- Não abandone as atividades de lazer e esporte, pois elas o auxiliam a controlar a ansiedade e o estresse;
- O controle emocional é parte importante na preparação para o vestibular. Fazer uma prova com tranqüilidade é um enorme passo para um bom resultado;
- Durma bem. O sono também é essencial para o processo de aprendizagem, além de recarregar nossas energias;
- Alimente-se equilibradamente. Uma dieta balanceada fará com que você se sinta melhor, além de contribuir com os nutrientes necessários para o desenvolvimento das atividades intelectuais. Coma frutas e verduras. Evite alimentos gordurosos e beba bastante líquido. Controle o álcool e o café. Reduza ou evite o cigarro;
- Encare a ansiedade e o medo com naturalidade. Todos sentem a mesma coisa diante de um desafio;
Família também deve participar
A família pode e deve ajudar, evitando fazer pressão, comparações ou “brincadeirinhas” que só fazem aumentar a tensão do vestibulando. De acordo com psicóloga Elaine Aparecida Lorenzato, um períodos de grande tensão para os jovens é a fase do vestibular, quando se vêem obrigados a ter uma definição profissional. Por essa razão, a ação dos pais torna-se ainda mais valiosa. “Pais que atuam de forma equilibrada e madura favorecem o processo.”
Para ajudar em mais essa fase, em casa, os pais também podem estabelecer uma rotina de estudo respeitando o ritmo de cada um. Essa é uma medida aconselhável, mas vale lembrar que naturalmente cada jovem tem uma forma de absorver informações. Quando os pais acompanham e orientam isso fica mais fácil. Mesmo com toda a ajuda e acompanhamento dos pais, pode ocorrer do estudante não conseguir ingressar na Universidade escolhida, tendo que adiar a matricula para o próximo semestre.
“Nesses casos, é preciso identificar junto com o filho o que pode ser melhorado e o que foi feito e que gerou um bom resultado. É importante que os pais descubram formas de realizar uma avaliação livre de cobrança e avaliar como o jovem se preparou, se a questão maior foi o conteúdo ou o estado emocional. Os responsáveis devem dar apoio e orientação para que da próxima vez o resultado possa ser melhor”, disse a consultora.
Dicas para os pais
- Acompanhar, através de conversas, como o filho está se preparando;
- Disponibilizar tempo e vontade para auxiliar o filho caso ele queira;
- Perguntar e demonstrar interesse pelas descobertas e escolhas;
- Apresentar profissões e conversar com o filho sobre elas;
- Pesquisar junto os dados para ter uma visão mais ampla de cada atuação;
- Falar para os filhos dos talentos e ajudá-lo a identificar o que ele gosta de fazer, afinal, é sabido que quando se faz o que se tem prazer, os resultados são melhores.
Fonte: O dia