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terça-feira, 27 de julho de 2010

EB, Um grande Big Brother ( eu ri)

EB, Um grande Big Brother
DefesaNet

Desconhecemos autor. Contribuição enviada por um leitor. Uma busca na internet indicou que foi publicado em grupos de discussão de militares e no Alerta Total.

O Editor



Autor Desconhecido

“Modelo pra se dar bem na carreira militar” ao longo do tempo.


1964 – 1969


- Perfil: “Revolucionário caçador de comunista”.

- Estereotipo: Anti comunista ferrenho. Virou amante do Brasil, explorador e pioneiro da Amazônia. Só ele era pioneiro, descobridor da Amazônia, em pleno Séc XX. Democrata. Apoio incondicional ao regime militar. Entrava no quartel com o plástico “Brasil Ame-o ou Deixe-o” pregado no Fusca ou no Simca.

- Para ser “notado”: idealista, as vezes truculento na defesa dos “ ideais revolucionários”.

- Pensamento : “A farda é a nossa segunda pele”.

- Objetivo na carreira: Ser ministro de estado, prefeito ou governador de estado nomeado.
1969 – 1975


- Perfil : “ O Guerrilheiro “

- Estereotipo: Ex-combatente de “Xambioá”. Selvático. Guerreiro amante do infortúnio, "daí-me Senhor meu Deus o que Vos resta...”. Metido a besta, punidor de cadetes, gostava de posar de super homem.

- O que fazia para ser notado: Instrutor do CIGS e da SIEsp. Peito cheio de brevet.

- Pensamento: “A selva nos une”, “Tudo pela Amazônia”...

- Objetivo: Ser Presidente da República
1975 – 1980


A guerrilha acabou, agora vou informar.

- Perfil: “ O agente secreto”

- Estereotipo: Trabalhava a paisano, barbado, trajando terno barato, normalmente com o casaco do terno da cor diferente da calça. O status era pertencer ao “sistema”. Posava de bem informado, mas não passava de um fofoqueiro. Metido a intelectual. Discreto, com óculos escuros, mas estava escrito na testa que era milico.

- O que fazia: nada.

- Para ser notado: posava de James Bond (007).

- Objetivo: Servir no SNI ou no Gabinete Militar da Presidência.
1980 – 1984


“O regime começava a ruir ... Era hora de mudar o perfil
sem se comprometer, então surgiu o Militar Metrossexual.

- Perfil: O atleta, nada mais oportuno!

- Estereotipo: Amante dos esportes. Cursou a EsFEx. Normalmente sarado, sem barriga, bonitinho e bem casado. Era um verdadeiro Patricinho. Só andava de calção preto. Tinha horror de coturno, da tropa. O sucesso começava como instrutor da EsAO. Detestava cursos guerreiros, “PQD, Guerra na Selva?, jamais”!

- O que fazia para ser “notado”: Normalmente um sujeito corredor, corria de manhã , de tarde e à noite nas vilas militares pra todo mundo ver. Não bebia, não fumava e nem trepava. O ápice: quando corria com a esposa nas alamedas das vilas.

- Pensamento: “O preparo físico é pressuposto para o exercício da liderança”.

- Objetivo: Servir na EsEFEx ou viajar com a "CDE", de preferência para o exterior.
1985 – 1990


“O regime militar acabou, e agora? Como serei? Como serei?
Chegou a era dos “sabonetões”: Cheirosos, lisos e amargos...

- Perfil: O profissional, teórico, o doutrinário. Metido a disciplinador, durão com a tropa, intolerante com os saudosistas do regime, apolítico. Passou a não se lembrar do regime militar. Eu não era nem nascido na época...

- Para ser notado : entusiasta da FT 90, revisor da doutrina, e fazedor de manual. Era “o pensador militar”. Uniforme de passeio impecável. Camisa bege de plástico vincada. Pasta 007 brilhando.

- Pensamento: Pregava a volta aos quartéis. “O nosso lugar é nos quartéis”, dizia. Mas só ia lá pra inspecionar e encher o saco dos outros, e voltava correndo pro "gabinete". Vamos nos “profissionalizar” , como se antes ninguém fosse profissional. Embusteiro.

- O regime militar acabou. Intervenção militar? “Na minha opinião, jamais !”. “O sistema político nacional tem de se aperfeiçoar sem a presença dos militares”. Esse é o caminho da plenitude democrática”. Ou: "Se cada vez que houver um problema institucional os militares intervierem, o sistema jamais vai evoluir para a democracia plena" Eita caboco democrata!!

- Objetivo : Servir no “Gabinete”.
1990 – 1995


"A FT 90 e as outras foram pro saco então surgiu o...

- Perfil: O “gente boa”.

- Estereótipo : amigo de todo mundo, bom de papo, light, festeiro, não pune ninguém, apaziguador, família bem constituída.

- Para ser notado: Organiza festa junina no quartel ou no clube, churrasqueiro.

- Pensamento: “Precisamos nos relacionar com o meio civil, militar tem de sair do Quartel...”.

- Objetivo: Voltar a servir na Presidência.
1995 – 2000


Com a FT 2000, agora vai... Novas perspectivas, vamos encarar o novo milênio!

- Perfil: aí surgiu o “inteligente emocional”.

- Estereotipo: sujeito comunicativo, espirituoso, festeiro, jogava tênis no Clube do SMU, ruim mas jogava. Tocava muito mal um instrumento musical, palestrante de rolha, aviador, piloto de helicóptero ou motoqueiro nas horas vagas, pintor de quadros, humanista, amante de vinhos, conhecia todos os vinhos da adega do "Carrefour de Brasília", enturmado no meio civil, uma evolução do “gente boa”.

- Para ser notado: ajudava nas missas, cantava ou tocava nas reuniões sociais, participava da diretoria dos círculos militares. Dançarino nas festas, cantor e metido a gourmet. Dava recepções, jantares no Ap sintecado por ele na SQN 103.

- Pensamento: “É importante fazer “network”, sermos multifacetados.

- Objetivo: Participar de uma missão de paz, depois de jogar tênis com o Comandante do EB no SMU.
2000 – 2003


Vamos viajar...

- Perfil: O poliglota

- Estereotipo: humanista, intelectualizado, normalmente habilitado em três línguas, o português, o portunhol e o inglês do CEP. Alguns, mais ousados, de visão larga, falando “russo” e “mandarim” (chinês). Normalmente ostentando um distintivo de Missão de Paz, com muita história pra contar. Leitor assíduo da “Military Review”.

- Para ser notado: escreve artigo nas revistas militares sobre as suas experiências e desfila pelas unidades com a boina azul da ONU e aquele cachecol azul .... A glória seria ter um artigo publicado na “Military Review”...

- Pensamento: Estamos num mundo globalizado, temos que “interagir” com outros exércitos, viajar, “abrir a cabeça” e nos preocupar com os aspectos humanos e sociais da instituição e do país. Temos de contribuir para o resgate social da nação. O EB tem de participar. Eita caboco humanista!

- Objetivo: Inicialmente, "interagir", só ele... Viajando pro exterior. Voltar como adido no país onde participou da missão de paz. Afinal, tem experiência, e, depois, comprar um Ap em Brasília, em Águas Clara..
2003 – 2010


Tá tudo dominado.

- Estereotipo: Mudo

- Perfil: Mudo

- Para ser notado: Mudo

- Pensamento: Mudo

- Objetivo: Ela, a PETROBRÁS.
2010 – 2015 (PREVISÃO)


A bruxa governando...

- Estereotipo: Mudo

- Perfil: Mudo

- Pensamento: Mudo

- Para ser notado: Mudo

- Objetivo: Uma boquinha na “PETROSAL” está de bom tamanho.
2015 – 2020 (Uma triste possibilidade)


O EB acabou. Oficiais e sargentos aproveitados nos ministérios como mão-de-obra não especializada na administração, nos almoxarifados e nos serviços gerais, faxina e limpeza. Os quartéis do litoral ocupados pela PETROBRÁS como bases de apoio, alguns transformados em “resorts” de turismo para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mediante licitações conduzidas pelos petistas. Os quartéis do interior desativados e cedidos a Força Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal.

O governo conclui que são mais adestrados e melhor preparados para a segurança interna. Os Cadetes foram “lotados” na Polícia Rodoviária Federal, fizeram o curso obrigatório deles, de três meses, e já saíram ganhando R$ 5.300,00 por mês (valores de hoje!). Os quartéis na fronteira cedidos à Polícia Federal.

A AMAN virou a Universidade Rural do Vale do Paraíba (UVRP). O complexo da Vila Militar foi cedido a ONG “Viva a Periferia”, os imóveis transformados em moradia popular solidária e os quartéis em “centros de cultura cidadã”, com aulas de capoeira, berimbau, pintura, música, pagode e tamborim. O centro de ballet e culinária ficou nas instalações do antigo REsC.

A Brigada Paraquedista, desativada, deu lugar a ONG “Legião das Minorias”, congregando os segmentos gays, lésbicas e assemelhados numa corrente solidária dos que queriam e não podiam e os que podiam e não queriam.

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