Os Estados Unidos seriam vencidos se explodisse uma guerra cibernética, uma modalidade de guerra onde são utilizados computadores, advertiu o ex-chefe da Inteligência do país, Michael McConnell, durante audiência ontem no Congresso americano.
– Se entrássemos em guerra hoje, como parte de uma ciberguerra, seríamos derrotados – disse McConnell, numa audiência consagrada à segurança.
Comparando os perigos de uma guerra desse tipo com a ameaça representada pela União Soviética durante a Guerra Fria, o almirante da reserva, responsável pela Informação durante o governo George Bush, acrescentou: – Somos os mais vulneráveis, os mais conectados, os que mais temos a perder.
McConnell informou que os Estados Unidos precisam de uma “estratégia nacional para a internet, equivalente à adotada durante a Guerra Fria, quando a União Soviética e as armas nucleares ameaçavam a existência do país e de seus aliados”.
As declarações ocorrem cerca de um mês depois que o gigante americano da internet Google revelou ter sido objeto de uma série de cyberataques provenientes de China.
– A segurança nacional e nossa segurança econômica estão em jogo – destacou o senador democrata Jay Rockefeller, presidente da Comissão. – Um cyberataque maior poderia paralisar as infraestruturas mais cruciais do país, nossa rede elétrica, as telecomunicações e nossos serviços financeiros.
James Lewis, especialista em cybersegurança no Center for Strategic and International Studies, afirmou por sua vez que uma intervenção das autoridades seria, sem dúvida, necessária para regulamentar o “faroeste” no qual se transformou a internet.
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