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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Para Coppead, internacionalização é via de mão dupla

SÃO PAULO - O status da economia brasileira pós-crise aumenta naturalmente a demanda por qualificação de nível internacional. Essa é a opinião do vice-diretor de educação executiva da Coppead-UFRJ, Vicente Ferreira. A influência do ensino brasileiro, segundo ele, deve acompanhar o ritmo.

"A internacionalização é uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo que empresas estrangeiras instaladas no Brasil captam e cultivam talentos brasileiros, estrangeiros querem entender o que tornou o Brasil o que é hoje", comenta.

O fluxo de estrangeiros que chegam ao país procurando aperfeiçoamento profissional tem crescido em ritmo acelerado nos últimos dois anos, diz ele. Até 2007, a Coppead cumpria uma trajetória histórica de 30 alunos estrangeiros por ano. Em 2008, esse número passou para 50. Neste ano, foram 80. Em um cenário de recuperação de crise, segundo ele, 2010 promete projeção ainda maior.

O interesse global pelo Brasil, porém, poderia ser mais bem aproveitado no MBA não fosse a barreira do idioma. Na Coppead, as turmas para estrangeiros são fechadas. As aulas, ministradas em inglês. 

"São geralmente de duas semanas a três meses de imersão em Brasil. Praticamente um estudo de caso", diz. As turmas abertas, com aulas em português, ainda concentram poucos estrangeiros. De 50 estudantes, apenas três ou quatro vêm de fora, diz ele.

Ou seja, para quem procura um MBA com o objetivo de ampliar a rede de contatos internacionais, ir para o exterior ainda é a melhor opção. A rede de convênios da Coppead, segundo Ferreira, permite que interessados em Europa, Estados Unidos e os demais países do BRIC tenham oportunidade de passar.

Hoje, o chamado Full Time MBA -- mestrado profissional de tempo integral, stricto sensu -- é a especialização do gênero vinculada à Coppead que mais exporta estudantes. "O custo de oportunidade dessa modalidade é diferente. Trata-se de um mestrado, gratuito, de dedicação exclusiva. Você fica fora do mercado durante dois anos, pois entende que o que vai ganhar em cinco anos é muito maior. Muitos profissionais fazem poupança para ter um aperfeiçoamento pleno, aqui e lá fora".

Ranqueado pelo Financial Times entre os 100 melhores do mundo, o MBA integral tem 20 alunos por ano com idade média de 40 anos. Fazem parte desse grupo executivos com carreira já consolidada que, segundo ele, querem deixar a estrutura funcional das empresas e galgar cargos estratégicos. "Há um momento na carreira em que o profissional se torna menos relevante, já que seu conhecimento é muito específico. A ideia é pensar em meios de tornar esse conhecimento específico aplicável genericamente; é tornar o profissional versátil", afirma Ferreira.

Já o MBA executivo, com quatro a cinco turmas de 30 alunos por ano, serve para aqueles que não dispõem de tempo para investir -- o curso dura um ano --, mas que também querem "oxigenar" áreas estratégicas das empresas. Com custo de R$ 30 mil, o curso é procurado e financiado em sua maioria (70% a 80%) por empresas, que tratam diretamente com a instituição.

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