ESTOCOLMO - A China possui o segundo maior orçamento militar bruto do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, revela o relatório anual do Instituto de Pesquisa de Paz Internacional de Estocolmo (conhecido pelas iniciais Sipri), divulgado nesta segunda-feira, 8, na capital sueca.
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Os gastos globais com armas aumentaram 4% no ano passado, mas os orçamentos militares dos Estados Unidos e da China aumentaram mais do que o dobro da média mundial, de acordo com o levantamento do Sipri. Em 2008, os gastos militares chineses aumentaram 10%, alcançando 84,9 bilhões. Ainda assim, as despesas da China com armas são mais do que sete vezes menores dos que as dos EUA.
O orçamento militar norte-americano cresceu 9,7% no ano passado, chegando a US$ 607 bilhões. Sozinhos, os EUA foram responsáveis por quase 42% dos gastos totais com armas no mundo, que alcançaram US$ 1,4 trilhão em 2008.
A França assumiu o terceiro lugar no ranking de gastos militares, passando por pouco a Grã-Bretanha, que em 2008 foi o segundo país a mais gastar em armas no planeta. A Rússia está em quinto lugar.
O relatório do Sipri observa a probabilidade de a situação no Afeganistão piorar e adverte que as expectativas positivas geradas pela estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para a região talvez sejam exageradas demais. Ao mesmo tempo, prossegue o documento, uma saída apressada das forças estrangeiras acarretariam o risco de tornar a situação no país perigosamente instável.
O Sipri avalia que o objetivo de Obama de dar menos ênfase a soluções militares e mais ao desenvolvimento político é inconsistente com a decisão de enviar mais tropas de combate ao Afeganistão ao longo dos próximos dois anos. O instituto prevê que Obama enfrentará dificuldades com a retirada de tropas do Iraque e com a mudança na forma como os EUA lidam com a comunidade internacional e buscam o desarmamento nuclear.
"Estes e outros desafios podem ser exacerbados pelos efeitos da crise financeira internacional, uma vez que países-chave podem ter dificuldade em demonstrar vontade política e econômica para lidar coletivamente com problemas de segurança regionais e globais", conclui o relatório.
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