´´Observe as tendências mas não Siga a maioria`` Thiago Prado


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segunda-feira, 13 de abril de 2009

45 anos da revolução civil-militar de 1964

Ex.mo Sr Presidente do Clube Militar

Tomei conhecimento hoje da critica feita pela representante do grupo "Tortura Nunca Mais" à comemoraçao do movimento de 31 de março.Alguns chamam de Revoluçao, outros de Golpe, prefiro considera-lo como o Movimento Militar de 31 de março.Nao se pode falar em revoluçao, pois nao houve, na época, a quebra do ordenamento institucional. Nem em golpe,uma vez que nao tivemos um processo conflituoso, inclusive com açoes tipicas de guerra civil.Tivemos, sim, uma restauraçao da ordem necessaria ao desenvolvimento do pais, bem como à manutençao das instituiçoes.Permita V. Exa apenas um breve comentario. A época meu pai era tratorista,moravamos em Suzano,na Grande Sao Paulo,e ele trabalhava em obras de
terraplenagem na Capital. Muitas vezes ele era obrigado a dizer a piqueteiros que estava indo para uma greve ou piquete em algum lugar, para nao ser agredido. Isso porque ele levava marmita e algumas frutas em sua maleta, e poderia ser considerado um fura-greve. Apos o movimento ele podia ir trabalhar tranquilo, para garantir nosso sustento e contribuir para o crescimento do pais.E eu podia ir tranquilo à Escola, Publica, que funcionava, e era otima!Dito isso, considero o movimento como um acontecimento historicamente necessario. As circunstâncias da época estavam levando o pais a um caminho perigoso, e algo precisava ser feito.
Houve erros e excessos? Sim houve, e de ambos os lados.
Tivemos atitudes vergonhosas? Sim, e de ambos os lados.
Mas devemos entender que somos humanos, portanto faliveis, cometemos erros,às vezes inominaveis.As vezes em excesso.As feridas nao vao desaparecer, mas ha que cicatriza-las.E tivemos a Anistia, "Ampla,Geral e Irrestrita", como queriam os representantes do outro lado. Feridas cicatrizadas, que todos toquem a vida!
Ficou tudo bem, enfim?
E entao tivemos Brizola, que entregou nosso querido Rio de Janeiro aos traficantes, bicheiros e afins; o Arraes,que nada fez para impedir o crescimento da prostituiçao infantil e da violência na bela terra de Pernambuco. Isso sem contar a Educaçao, cada vez pior, coisa que muito me entristece. Sou do tempo em que as escolas tinham Fanfarras, Bandas, e desfilavamos orgulhosos no 7 de Setembro. Alias,
havia uma rigorosa seleçao para entrar na fanfarra ou na banda,e so participava do desfile quem estava em plenas condiçoes de fazê-lo.

Servir o Exército, isso genericamente, era uma honra.Digo genericamente porque entre nos, na época havia preferências. Eu tinha preferência pela PE, pelo 2o BG, pela Marinha, onde acabei prestando o Serviço Militar. E teve um processo seletivo muito concorrido!
Hoje parece que os brasileiros têm vergonha de suas instituiçoes, de sua Historia, de seus vultos e suas datas.
Era motivo de orgulho ser, por exemplo, socio da Biblioteca do Exército. Eu, um simples Marinheiro, era muito bem recebido por um Tenente ou Capitao na Bibliex; quando precisava viajar, sempre fui muito bem atendido por Oficiais da Base Aérea do Galeao. Sempre tive boa acolhida nas Unidades que, por alguma razao, visitava.
Intolerância?
Que intolerância?

Tive um incidente, uma vez, no 27o GAC, por uma mera questao de interpretaçao do RCont, com um Oficial daquela Unidade, creio que Cel ou TenCel; e, por meio do dialogo chegamos a bom termo, naturalmente
respeitadas a Hierarquia e a Disciplina.Onde esta a intolerância, tao propagada por esses defensores e propagadores de falacias?
Se ha intolerância, é da parte deles. E da parte do atual ministro da justiça (vai em minusculas mesmo!!). E da parte de alguns irresponsaveis hoje ocupando postos importantes, por puro apaniguamento partidario.
E agora essa escoria (perdoe-me o excesso, causado pela indignaçao), ao "botar as maos" no poder, vem com esse revanchismo inoportuno e inconveniente, numa flagrante quebra do contrato politico e social.
Fossem eles os vencedores, talvez nem tivéssemos condiçoes técnicas de promover qualquer manifestaçao, e, se o conseguissemos, seriamos fortes candidatos ao "paredon".Esses que agora vociferam contra manifestaçoes da entao "direita", se nao estao felizes aqui poderiam muito bem ir embora para Cuba ou Coréia do Norte, plantar qualquer coisa ou se prostituir para sobreviver. Se o Comunismo fosse bom a antiga Uniao Soviética nao teria se esfacelado. E os alemaes orientais nao teriam
comemorado a queda do Muro da Vergonha!!
Fico indignado com isso.
Falam em autoritarismo. Que autoritarismo?
Depois da Marinha fui Policial Militar em Sao Paulo, onde por mérito cheguei a 1o Sargento, e depois, por aprovaçao em vestibular, Cadete.Tive diversos atendimentos em que me relacionava com Oficiais e Sargentos das FFAA, e nao tive um unico caso de "carteirada", ao contrario, sempre foram de muita cordialidade; mas colegas do Rio e de Pernambuco tiveram sérios problemas com as "falanges" do Brizola e do Arraes.
Desculpe General, se o incomodo. E que nao aguento mais "essa raça"!! So eles têm direito a se manifestar? So a versao deles é a verdadeira? So eles sao os virtuosos?

O sofrimento da mae do Soldado Mario Kozel (3o Sgt Post-Morten) nao conta?

O mesmo em relaçao à mae do Asp-a-Of PM Carlos Alberto Mendes Junior?

E o dos filhos do Sgt da FAB, covardemente assassinado durante uma escolta em Pernambuco?

E o dos familiares do Delegado Octavio, de Sao Paulo, covardemente assassinado numa esquina de Copacabana, de férias, e desarmado?

Novamente minhas escusas, General.
Saiba Vossa Excelência que ainda ha, no Brasil, gente que nao vai se calar diante dessa injustiça.

Com os votos de sucesso.

Almir Sani Moreira

Técnico Judiciario do Tribunal Regional Federal da 3a Regiao

Sao Paulo - SP

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