Vacinas
Febre Amarela
A incidência da febre amarela em locais de prática de ecoturismo vem preocupando as autoridades sanitárias nacionais, que tentam evitar que a doença volte a ocorrer em áreas urbanas - um fantasma afastado da realidade brasileira desde 1942. A febre amarela é uma doença grave, que pode levar à morte, mas a vacina é considerada altamente eficaz. De acordo com informações do Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), existem áreas de risco de transmissão de febre amarela em todas as regiões do Brasil e em diversos países do continente americano e da África. Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), os principais locais de risco são as regiões de matas e rios onde há a presença natural do vírus. No Brasil, essas áreas compreendem todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste, além do Maranhão e Minas Gerais, bem como as regiões sudoeste do Piauí, oeste da Bahia, oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e noroeste de São Paulo. A maior incidência da doença é de janeiro a abril, coincidindo com o período das chuvas - quando há um aumento da quantidade do mosquito transmissor em circulação e uma maior atividade agrícola, com mais gente transitando em áreas com risco de transmissão.
Uma das ações do Ministério da Saúde para controlar a doença no país é a exigência do Certificado Internacional de Vacinação (CIV) contra a febre amarela para todos os turistas vindos de Bolívia, Peru, Venezuela, Guiana Francesa e África.
Quem e como vacinar - Nos últimos três anos, mais de 60 milhões de pessoas foram vacinadas contra febre amarela no Brasil. Nas regiões endêmicas, a vacina é aplicada de forma rotineira. Quem viaja para área de risco de transmissão deve ser imunizado no mínimo dez dias antes da viagem. O efeito de uma dose da vacina vale por dez anos, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina pode ser aplicada a partir dos nove meses de idade. Quem já tomou a vacina há mais de dez anos precisa apenas de um reforço e a imunidade é imediata. A vacina é gratuita e está disponível exclusivamente na Rede Pública, incluindo postos de saúde municipais e estaduais da rede SUS, além dos postos e nas salas de vacinação da Anvisa, instalados em portos e aeroportos.
Quem parte de um região endêmica com destino ao exterior tem que apresentar o Certificado Internacional de Vacinação (CIV), que é emitido pela Anvisa nos Postos de Vacinação do Ministério da Saúde, mediante a apresentação do Comprovante de Vacinação, que é obtido nos postos de vacinação filiados ao SUS no momento da imunização. O CIV é exigido em viagens internacionais na chegada ao páis de destino. Apesar de a vacina ser recomendada em viagens domésticas para áreas endêmicas, o certificado de vacinação não é uma exigência legal, segundo a Anvisa.
O Posto de Vacinação do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro funciona na Secretaria de Estado de Saúde, na Rua México, 128 térreo, onde a vacina é aplicada de segunda-feira à sexta-feira, de 9h às 12h e das 14h às 16h. A Anvisa publica em seu site a lista de portos, aeroportos e fronteiras onde há vacinação contra a febre amarela e a relação dos países
endêmicos para a doença, segundo classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Malária
O risco em níveis mais elevados de transmissão da malária ocorre em países da África (sub-saariana), da América do Sul (Bacia Amazônica), em Irian Jaia, em Madagascar, em Papua-Nova Guiné, no Sudeste da Ásia e em Vanuatu. É relativamente baixo no Afeganistão (leste), na América Central, na América do Sul (exceto na Bacia Amazônica), na América do Norte (áreas rurais do México), na China (norte), no Egito, na Índia, na Indonésia, no Iraque, no Irã, na Malásia, no Sri Lanka, no Sul do Iraque, no Oriente Médio, no Paquistão e na Península Arábica (sudeste). No Brasil, segundo informações do Cives/UFRJ, o risco maior de transmissão de malária está na Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins). Nas capitais, em geral, o risco é pequeno, mas considera-se possível nos arredores das cidades. Nos Estados do Sudeste e do Sul, a não ser esporadicamente, não ocorre transmissão.
Não há vacinas disponíveis contra a malária. As medidas de proteção são as mesmas usadas para se proteger das demais infecções transmitidas por insetos, como a febre amarela e a dengue: usar calças e camisas de mangas compridas, repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). O ideal é hospedar-se em locais com ar-refrigerado, protegidos por telas contra mosquitos, ou usar mosquiteiros tratados com permetrina e inseticida.
Informações adicionais:
Disque Saúde, do Ministério da Saúde: 0800-611997
Ministério da Saúde
Anvisa
Centro de informações ao viajante, da UFRJ (Cives)
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