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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EUA e UE estão prontos para cyber guerra

Especialistas em Segurança de Informática da União Europeia (UE) começaram a testar nesta quinta-feira mecanismos de defesa no primeiro exercício de simulação de um ciberataque de caráter pan-europeu, com o objetivo de aperfeiçoar a segurança comunitária frente aos ataques de piratas virtuais.

Durante a simulação, o Cyber Europe 2010 vai paralisar serviços on-line críticos em vários estados-membros da UE, como portais do governo, e reproduzirá um cenário no qual a conectividade à internet será reduzida gradualmente e de forma significativa em todos os países participantes. Com isso, internautas, empresas e instituições públicas terão dificuldades para acessar serviços na web.

O exercício é organizado pelos países da União Europeia, com apoio da Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA) e do Centro Comum de Investigação (JRC) da Comissão Europeia (órgão executivo do UE). A UE ressaltou que os estados-membros terão de cooperar entre si para evitar um suposto colapso total da rede europeia.

A vice-presidente da Comissão e responsável da Agenda Digital, Neelie Kroes, que visita o centro de ciberataques do Reino Unido, declarou que o objetivo é garantir que os cidadãos e as empresas se sintam seguros e protegidos na rede.

"O projeto representa o primeiro grande passo no trabalho que temos de realizar juntos para combater as ameaças virtuais potenciais contra nossas infraestruturas", explicou.

O exercício serve para mostrar para membros dos estados o perigo que um ataque representa e suas consequências, além de orientar procedimentos de emergência em casos de ameaça real em grande escala.

A simulação testará os pontos de contato nos países participantes, assim como os canais de comunicação, o tipo de troca de dados, e o conhecimento que os responsáveis setoriais de um país têm de seus colegas nos outros estados-membros.

Todos os países da UE, assim como a Islândia, Noruega e Suíça participarão da simulação. Entre as autoridades estão representantes dos ministérios de Comunicações, responsáveis da proteção de infraestruturas de Informação, organismos de gestão de crise, equipes de resposta a incidentes de segurança informática, responsáveis de Segurança da Informação e serviços de Inteligência no campo da segurança.


EUA

O novo Cyber Command do exército dos Estados Unidos, responsável por blindar 15 mil redes de computadores de invasores, tornou-se completamente operacional, afirmou o Departamento de Defesa na quarta-feira.

Mais de cem organizações estrangeiras de inteligência estão tentando invadir as redes norte-americanas, escreveu o vice-secretário de Defesa dos Estados Unidos William Lynn na edição de setembro e outubro do jornal "Foreign Affairs".

Algumas já tem capacidade de romper a infraestrutura de informações dos Estados Unidos, disse ele.

Gates ordenou a criação da unidade em junho de 2009 para solucionar a crescente ameaça de ataques via computadores.

Isso consolida as operações ofensivas e defensivas sob general do exército Keith Alexander, que também encabeça a National Security Agency, o braço de inteligência do Departamento que protege informação de segurança nacional e intercepta comunicações exteriores.

"O espaço digital é essencial para nossa forma de viver e o Cyber Command sincroniza nossos esforços em redes de defesa", disse Alexander no anúncio do Pentágono.

Fonte: EFE / Reuters

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