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quarta-feira, 7 de julho de 2010




A Grã Bretanha reconheceu os direitos da União Soviética a ilhas meridionais do arquipélago de Curilhas. Esta informação foi divulgada pela agência japonesa “Kyodo” que tinha recebido uma cópia do respectivo documento do arquivo britânico.

No memorando intitulado “Problema nipo-soviético de territórios setentrionais”, de 20 de dezembro de 1979, está o carimbo de seção japonesa do Departamento do Extremo Oriente do Ministério das Relações Exteriores da Grã Bretanha. Neste documento diz-se que os direitos da União Soviética a todas as ilhas meridionais do arquipélago de Curilhas são reconhecidas pelos acordos internacionais, de que participou também a Grã Bretanha. Têm-se em vista as decisões da Conferência de Ialta de 1945 e o Tratado de paz de São Francisco de 1951, mediante o qual o Japão renunciou a todos os direitos a ilhas Curilhas.

Anteriormente Londres não apoiava as pretensões do Japão a estas ilhas mas preferia não manifestar abertamente a sua posição. Mas a partir de 1988 mudou-a radicalmente e começou a apoiar abertamente Tóquio.

Na opinião de peritos, esta mudança de posição é resultado da pressão por parte dos EUA que também tinham relegado os acordos dos Estados-vencedores na Segunda Guerra Mundial referentes ao Japão. Depois do passamento do presidente dos EUA Roosevelt em abril de 1945, o novo presidente Truman recusou-se a cumprir o acordo feito anteriormente, isto é, destinar uma parte do território da ilha setentrional japonesa de Hokkaido para acomodar ali um contingente militar soviético. Agora sabe-se ao certo que na época de Roosevelt estava sendo elaborado o plano de partição do Japão em quatro zonas de ocupação – americana, soviética, inglesa e chinesa. A União Soviética devia ocupar um vasto território incluindo toda a ilha de Hokkaido e o nordeste da ilha de Honshu. Fala o perito em relações russo-japonesas Anatoli Kochkin, professor da Universidade Oriental junto do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia.

Um documento de importância de princípios é a diretriz número 766 de 29 de janeiro de 1946 do general Douglas MacArthur, comandante das forças de ocupação no Japão. Neste documento foram enumeradas, em aplicação do item 8 da Declaração de Potsdam, as ilhas que eram retiradas da soberania japonesa. Ao par de outros territórios, o Japão perdia todas as ilhas, situadas ao norte de Hokkaido. Mas depois de obter a bomba atômica, Truman renunciou a acordos de aliança e ocupou todo o território do Japão por tropas americanas.

Na etapa final da Segunda Guerra Mundial e na época de ocupação o objetivo estratégico dos EUA no Japão consistia em estabelecer o seu controle sobre este país. Ao mesmo tempo pretendia-se afastar a União Soviética e a China, que participaram da elaboração da política de pós-guerra nesta região, ou, pelo menos reduzir ao mínimo as suas possibilidades.

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