´´Observe as tendências mas não Siga a maioria`` Thiago Prado


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

População decrescente



São comuns os cartazes espalhados pela capital pedindo à população que tenha filhos. Os pais costumam receber uma espécie de mesada a partir do segundo filho. A igreja ortodoxa instituiu o ano da família. Várias cidades fazem campanhas para estimular o aumento da população. Em Ulyanovski (cidade natal de Lênin), a 900 km de Moscou, o dia 12 de setembro foi decretado feriado. É o dia da concepção. Estão todos liberados do trabalho para se engajar na tarefa de aumentar a população cada vez mais reduzida do lugar. Quem apresentar os novos cidadãos ao governo local exatos nove meses depois pode ganhar uma série de prêmios que vão de dinheiro a geladeiras, passando por carros e máquinas de lavar. Parece que surtiu resultados em 2007: um aumento de 4,5% no número de nascimentos.

Apesar dos aparentes esforços das autoridades, a população russa deve continuar caindo nos próximos anos. Dados do PRB (Population Reference Bureau) indicam que, em 2050, o país terá 110,1 milhões de habitantes. No ano passado, eles eram 141,9 milhões. Isso significa uma queda de 22%.

A notícia está sendo encarada pelos jornais russos com certo otimismo, tendo em vista que os números mais recentes da ONU falavam em uma queda para 107 milhões de pessoas até 2050. O ministério da Saúde e Desenvolvimento Social garante que vai conseguir estabilizar a população em 145 milhões até 2025.

De todo modo, o número de nascimentos no ano passado foi de 12 para cada 1.000 habitantes, enquanto os óbitos chegaram a 15 por 1.000. O PRB avisa que, se nada for feito no curto prazo, em 2025 a população deve encolher para 129,3 milhões.

O relatório do PRB indica ainda que as maiores queda populacionais do mundo devem acontecer na Bulgária (35%), Swazilândia (33%), Geórgia (28%) e Ucrânia (28%). O número de japoneses e moldavos deve cair 25% e 23%, respectivamente. A população global, no entanto, vai continuar crescendo graças aos países em desenvolvimento. Em 2011 já deve bater a marca dos sete bilhões, apenas 12 anos após ter chegado a seis bilhões, em 1999.

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