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quinta-feira, 23 de julho de 2009

As regras seguidas pelo maior investidor do mundo

Paulo Guedes

Warren Buffett, o grande investidor americano, dono de uma das maiores fortunas do mundo, considera a filosofia de investimentos do investidor Philip Fisher um dos pilares de seu sucesso. Em Ações ordinárias e lucros extraordinários (1958), Fisher elabora os 15 pontos que considera fundamentais para a escolha de bons investimentos nos mercados de ações.
1. A empresa deve ter produtos ou serviços com perspectivas de mercado potencial fortes o suficiente para permitir o crescimento das vendas até onde a vista alcance.
2. A companhia deve ter uma política de inovações que assegure a criação de novos produtos ou serviços, de modo a garantir novas fronteiras de vendas futuras no mesmo negócio.
3. A direção deve estar comprometida com a pesquisa e o desenvolvimento desses novos produtos ou serviços, por meio de uma coordenação eficaz entre pesquisas, produção e venda.
4. “As vendas”, diz Fisher, “são a finalidade do negócio, que garante a sobrevivência da companhia. O sucesso vem sempre da satisfação do consumidor.” Portanto, a empresa deve ter uma ótima engrenagem de vendas.
5. “Para os investidores, as vendas são importantes na medida em que se traduzem em aumento de lucros.” Portanto, as margens de lucro devem ser bastante atraentes.
6. “O sucesso da companhia não depende apenas do que se sabe dos lucros no momento em que as ações são compradas.” Mas sim da capacidade de a empresa manter e ampliar suas margens de lucro.
7. O ambiente de trabalho é extremamente importante. As negociações com sindicatos, a lealdade ou o ressentimento da força de trabalho em relação à companhia e as políticas de recursos humanos são determinantes para a produtividade da empresa.
8. “As empresas que oferecem as melhores oportunidades de investimento são geralmente aquelas em que se observa um excelente clima entre os executivos, em que as promoções são baseadas em meritocracia e não é tolerada a falta de cooperação e de espírito de equipe.”
9. A capacidade estratégica e a governança corporativa da empresa são cruciais “para eliminar o risco de um desastre corporativo quando os empreendedores iniciais não estiverem mais no comando”.
10. “Nenhuma companhia terá sucesso por longo período de tempo sem a capacidade de controlar sua estrutura de custos nos mínimos detalhes das operações.”
11. É importante examinar os fatores críticos de sucesso em cada indústria, para avaliar as chances de um bom desempenho da companhia ante seus competidores.
12. Os investidores em busca de resultados extraordinários devem favorecer empresas com horizontes estratégicos mais longos. “Empresas que esfolam, de um lado, seus fornecedores e, de outro, seus clientes, de modo a obter o maior lucro possível a curtíssimo prazo, são raramente as que sustentam os melhores resultados a longo prazo.”
13. As oportunidades de investimento no negócio de uma companhia que se expande rapidamente podem exigir o reinvestimento dos lucros, o aumento de seu endividamento e, ainda assim, novos aumentos de capital. É fundamental que uma elevada rentabilidade desses novos investimentos possa compensar a diluição decorrente da emissão das novas ações.
14. É imprescindível que a direção da empresa aborde com franqueza o andamento de seu negócio com os investidores, tanto em tempos de sucesso quanto em tempos de dificuldade. “Os investidores devem se afastar de companhias que tentam esconder maus resultados.”
15. A inquestionável integridade dos gestores em todas as transações da empresa, e não apenas em seu relacionamento com os acionistas, é essencial. “Os gestores podem, sem violar quaisquer leis, beneficiar a si próprios em uma infinidade de formas. Uma delas é pela emissão de opções de compra de ações para si próprios, numa escala que acabe pervertendo esse modo legítimo de compensar desempenho meritório. Só existe uma forma de se proteger contra abusos de gestores mal-intencionados: vender suas ações da companhia, destinando seus recursos a gestores que tenham extraordinariamente bem desenvolvido senso de responsabilidade moral.”

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