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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Influência do horário na performance de nadadores





Quando se pensa em esporte de alto nível, como a natação, deve-se levar em consideração o comportamento biológico para o horário da realização dos treinos



Os organismos vivos, inclusive o homem, desenvolveram mecanismos biológicos de controle interno a partir de fenômenos geofísicos relacionados ao movimento de rotação (em torno do seu próprio eixo) da Terra que representa dois ambientes bem definidos: o claro e o escuro.

Esses mecanismos de controle interno funcionam como um relógio biológico e são chamados de ritmo biológico ou circadiano, que se repetem aproximadamente a cada 24 horas. Para o homem, esse período do ritmo biológico é de aproximadamente 25 horas.

O ritmo biológico do organismo requer um sincronismo exercido por estruturas específicas do sistema nervoso central que funcionam como um relógio. No homem, essas estruturas contêm milhares de neurônios (células nervosas) que são responsáveis pelo controle do ritmo de 24 horas das funções relacionadas às atividades hormonais, funcionamento do sistema cardiovascular, entre outros.

Assim, quando se pensa em esporte de alto nível, no caso a natação, deve-se levar em consideração esse comportamento biológico para o horário da realização dos treinamentos.

Essa relação de horários “ótimos” de treinamento está diretamente ligada com as oscilações diárias e naturais das funções orgânicas que influenciam na capacidade máxima de trabalho. Por isso, quando o horário de treinamento coincide com a capacidade máxima vital do organismo, melhores resultados são esperados tanto no treinamento quanto na competição.

Devido a essas oscilações diárias, alguns índices fisiológicos também apresentam mudanças durante o dia, como por exemplo, a freqüência cardíaca de repouso (FCrep), que pode variar de 20 a 30%, o consumo máximo de oxigênio (VO2max), que varia entre 4 a 7%, e a concentração máxima de lactato sanguíneo em altas intensidades (21% de variação).

O melhor período do dia para a aprendizagem de novas técnicas encontram-se entre as 10:00 e 12:00 horas, devido principalmente ao alto nível de cortisona e catecolaminas (hormônios presentes na corrente sanguínea que aumentam o desempenho) que são encontrados nesse período.

Com relação ao trabalho de força, velocidade e flexibilidade, o melhor período seria entre 16:00 e 18:00 horas, além disso um maior consumo de oxigênio (VO2), ventilação pulmonar e capacidade cardíaca são observados.

Alguns técnicos e nadadores procuram organizar os treinos respeitando esse comportamento biológico a fim de obter melhor performance. Logo, sugere-se que o aprimoramento e refinamento da técnica sejam realizados no período da manhã e o treino intenso no período da tarde.

No entanto, esses índices de capacidade de trabalho relacionados à performance podem ser modificáveis, visto que, em algumas situações, os nadadores não podem treinar nesse período “ótimo”. Dessa forma, o exercício físico age como um influenciador secundário do relógio biológico, fazendo com que os períodos de melhor capacidade de trabalho sejam aqueles em que o nadador tem o hábito de treinar. Sendo assim, o horário de treinamento pode ser alterado nessas condições.

Visto isso, é fundamental que o horário de treinamento seja de acordo com o horário ou fuso horário das diferentes competições.

Ativo

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